Fortaleza torna-se mais atraente, diz especialista
Fortaleza deve, definitivamente, deixar Natal para trás e assumir a preferência da TAM como melhor cidade para sediar o tão cobiçado hub da companhia no Nordeste, segundo analisa o consultor em negócios aeroportuários Érico Santana. Na avaliação do especialista, o fato de a Azul Linhas Aéreas ter intensificado as operações em Recife deve afastar a outra empresa, que projeta o cenário a longo prazo e, em especial, tem preferências sobre o operador com o qual vai negociar - no caso, a Infraero (Pernambuco) ou a iniciativa privada (Ceará, em breve, e Rio Grande do Norte).
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"A Azul ter focado mais em Recife, abriu espaço para Fortaleza e Natal. Mas vemos que Fortaleza possui um mercado bem mais preparado economicamente para desenvolver o hub", afirma Santana, apontando o PIB cearense como um diferencial significativo para a escolha do centro de conexões de voos.
No entanto, o consultor aponta para os problemas de ampliação do sítio e a necessidade de uma segunda pista para o Aeroporto Internacional Pinto Martins como cruciais para o terminal da capital cearense. Principalmente porque o concorrente potiguar possui mais espaço para futuras ampliações.
"Realmente, aumentar o sítio é uma limitação. Porém, as condições econômicas de Natal estão aquém das de Fortaleza, que possui mais condição e potencial de desenvolver o hub", assinala.
Preferência por concessões
O consultor de negócios aeroportuários ainda alerta para outro fator que deixa a capital cearense na dianteira da disputa: a concessão. De acordo com ele, existe um movimento nacional de as aéreas preferirem estreitar relações com aeroportos concedidos à iniciativa privada, "a exemplo da Gol com o Galeão, da TAM com Brasília e da Azul com o Viracopos". Como Recife segue sob a tutela da Infraero, "que sofre sérias limitações de investimento", Natal - já sob administração privada - e Fortaleza - cuja concessão deve acontecer em breve - saem na frente.