Economia do CE cresce 0,43%; 7ª alta seguida

Resultado, que foi divulgado ontem, diz respeito à previa do Produto Interno Bruto de novembro de 2017

Escrito por Bruno Cabral - Repórter ,
Legenda: O aumento do IBCR-CE em novembro se deu, sobretudo, pela melhora nas vendas do varejo, influenciada por promoções
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

Pelo sétimo mês consecutivo, a atividade econômica do Ceará apresentou crescimento em novembro de 2017. Segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional do Ceará (IBCR-CE), divulgado, ontem (15), pelo Banco Central (BC), o indicador, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, avançou 0,43% na passagem de outubro para novembro. Em outubro, a alta havia sido de 0,40%.

Na comparação com novembro de 2016, a atividade econômica no Estado registrou avanço de 3,12%. Os dados são da série com ajustes sazonais. No acumulado de janeiro a novembro, a atividade estadual cresceu 1,06%, na comparação com o mesmo período de 2016. E no acumulado dos 12 meses anteriores, a alta foi de 0,82%.

Em todas as comparações, apenas na passagem de outubro para novembro o Ceará ficou abaixo do crescimento observado no Nordeste (0,49%). Em novembro de 2017, a Região cresceu 1,75% na comparação com igual mês de 2016; de 0,55% no acumulado do ano; e apresentou queda de 0,01% no acumulado de 12 meses.

"Os resultados mostram que a economia cearense se recupera de forma consistente, muito embora em velocidade menor que a desejada", diz o economista Allisson Martins. Segundo estimativa feita pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece), no final do ano passado, o PIB do Ceará deve crescer pelo menos 1,5% em 2017, na comparação com 2016.

Martins destaca ainda que a recuperação da economia do Ceará vem ocorrendo praticamente no mesmo compasso da retomada da economia Brasileira, "sinalizando que o ano de 2017 deverá apresentar um crescimento modesto, mas que aponta um ano de 2018 muito mais promissor e dinâmico".

Varejo

Segundo Allisson Martins, o crescimento em novembro se deu, sobretudo, pela melhora relativa do volume de vendas do comércio varejista, que cresceu 1,7% no mês devido em grande parte às promoções da Black Friday. "Em novembro, 'bons ventos sopraram' nos Serviços, importante setor da economia local, especialmente pela capacidade de geração de empregos, de maneira que apontou crescimento de 2,2% no volume de serviços no referido mês, o que certamente também contribuiu para a elevação do indicador de atividade econômica do Ceará, medido pelo BC".

Brasil

No País, o nível de atividade econômica também continuou a crescer em novembro. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado teve avanço de 0,49%, no mês, sendo a terceira alta consecutiva do indicador. Em outubro, a alta havia sido de 0,37% e, em setembro, de 0,29%.

Na comparação com novembro de 2016, houve crescimento de 2,82% nos dados sem ajustes. Em 12 meses, encerrados em novembro, o indicador teve expansão de 0,68% sem o ajuste sazonal. No ano, até novembro, houve crescimento de 0,97% também sem ajustes.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa Selic. O índice inclui informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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