Definição sobre pequeno estaleiro após eleições

Escrito por Redação ,
Legenda: A Adece assinou um memorando de entendimento com a Internacional Marítima e a Prefeitura de Camocim para estudar a construção do estaleiro

Interessados em construir um estaleiro de pequeno porte em Camocim, um grupo de empresários, comandado pela maranhense Internacional Marítima, visitou, na semana passada, o município para ver as condições para o empreendimento e conversar com a prefeitura municipal. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Roberto Smith, que também esteve presente no encontro, os investidores prometeram definir se concretizarão o projeto, ou não, após passado o período de eleições. A Adece assinou, em julho passado, um memorando de entendimento com a Internacional Marítima e a Prefeitura de Camocim para estudar a construção do estaleiro. Desde o início, a ideia é de que a maranhense lidere a parceria com três ou quatro sócios, entre brasileiros e estrangeiros, para a construção do empreendimento. Smith explicou que, no momento, está sendo trabalhada uma parceria com duas empresas europeias e um empresário cearense.

"Eles ficaram de me dar a resposta após as eleições, definindo se, de fato, montarão uma empresa, estabelecendo-se aqui. Eu acredito que será viável, as minhas perspectivas são boas, pelo que senti na conversa com os empresários", aponta o presidente da Adece. De acordo com ele, se o parecer for favorável, eles encaminharão à Adece os termos para que seja assinado o protocolo de intenções, para que tenham acesso aos incentivos fiscais oferecidos pelo governo estadual. A partir daí, também, será preparado o plano de negócios pelos empresários.

Planejamento

Os planos iniciais são para a construção de um estaleiro para reparo naval e, posteriormente, ampliá-lo para a construção de pequenas e médias embarcações. Os investidores estão vendo boas oportunidades de negócio nesta área, posto os planos de compra, por parte da Petrobras, de embarcações de apoio à exploração de petróleo off shore (fora da costa), que será ampliada no território do Rio Grande do Norte até Macapá. "O Brasil tem ausência de estaleiros de reparo e estas embarcações têm que ser licenciadas a cada dois anos. Agora ampliaram esse prazo para quatro anos, mas há sempre necessidade de reparo para licenciamento, então a demanda vai ser enorme", acredita.

Interessados

Entre os possíveis sócios europeus, há uma empresa com know-how na área naval, que está, inclusive, propondo trazer um dique flutuante para o empreendimento. "A empresa reúne uma tecnologia avançada", aponta o presidente da Adece.

Smith adiantou ainda que o grupo de empresários também deu aval à Adece para que sejam elaborados os estudos preliminares, trazendo aspectos ambientais e operacionais da área. "Estamos elaborando os termos de referência do estudo, que são os documentos que antecedem a chamada de licitação", informa. O estudo a ser licitado também servirá de base para um outro estaleiro que está sendo pensado para Camocim, encabeçado pela empresa russa JSC SSTC, este já de grande porte. (SS)

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