Copa inflaciona alimentação feita fora do lar

O maior fluxo de turistas e as pessoas trabalhando no evento, nas cidades-sede, contribuem para a alta

Escrito por Redação ,
Legenda: Dentre os itens que compõem o subgrupo alimentação fora do domicílio no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a refeição no domicílio subiu 2,19% em Fortaleza
Foto: FOTO: JULIANA VASQUEZ

Rio/Fortaleza. Comer fora de casa ficou ainda mais caro para os fortalezenses em maio. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o subgrupo alimentação fora do domicílio subiu 2,26% na Capital cearense. A variação foi a maior do País.

Dentre os itens que compõem esse grupo, a cerveja foi o que mais subiu em Fortaleza, no mês passado, com um aumento de 4% no preço. Os lanches ficaram 2,44% mais caros, enquanto a refeição teve alta de 2,19%. A única retração foi registrada nos doces: -1,67%. No País, a alimentação fora do lar subiu 0,91%. Dentre os itens que ficaram mais caros, em maio, destacam-se refeição (0,96%), lanche (0,84%) e o café da manhã (1,24%).

Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE, a Copa já proporciona aumentos maiores na alimentação fora do domicílio nas cidades-sede, onde já existe um fluxo de turistas e pessoas trabalhando no evento.

Aumentos

A coordenadora afirmou que os alimentos, de um modo geral, cedem na esteira da entrada da safra - que neste ano será pouco maior do que em 2013 - e do clima mais favorável, após a intensa estiagem que perdurou até abril. No País, o grupo alimentos subiu 0,58% em maio, menos do que os 1,19% de abril. Nesse cenário, importantes itens subiram menos, como carnes, feijão e frango. Outros registraram queda, como batata, hortaliças e frutas - mais afetados pela seca.

A economista disse ainda que com os sucessivos aumentos dos meses anteriores o "consumo se retraiu", o que também abriu espaço para uma freada dos preços dos alimentos. O mesmo, afirma, não se vê na alimentação fora de casa - que, no País, registra alta acumulada de 10,09% em 12 meses - acima do IPCA, de 6,37%. Esse subgrupo é um dos principais responsáveis pelo aumento dos serviços (8,70% em 12 meses). Há ainda uma previsão de aumentos nas passagens aéreas em junho, além de outros itens ligados ao turismo.

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