Construção quer vender 3 mil imóveis na RMF em oito meses

Para atingir a marca, setor aposta em ações como desconto em prestações e isenção do condomínio

Escrito por Raone Saraiva - Repórter ,
Legenda: O objetivo das empresas é diminuir o estoque de unidades habitacionais, que hoje está em torno de 10 mil em Fortaleza e também na região metropolitana
Foto: Foto: Kid Júnior

Empresários ligados ao setor da construção civil no Ceará garantem: as condições no mercado estão favoráveis para quem deseja comprar um imóvel atualmente. Apesar disso, construtoras e incorporadoras locais estão ampliando o leque de ofertas para atrair mais clientes e aumentar as vendas a partir do próximo mês de maio.

Com ações que buscam reanimar o consumidor, cuja confiança ainda está abalada por conta da situação político-econômica do Brasil, o objetivo das empresas é diminuir o estoque de unidades habitacionais, que hoje está em torno de 10 mil unidades em Fortaleza e também na Região Metropolitana (RMF).

De acordo com o presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, a expectativa é chegar ao fim de 2017 com, no máximo, 7 mil unidades no estoque, o que representaria uma redução 30% de em relação ao número atual em oito meses.

Para conseguir vender cerca de 3 mil imóveis até o fim deste ano, o setor aposta em ofertas diferenciadas, como oferecer desconto ao consumidor nas primeiras prestações, isentar o consumidor do pagamento do condomínio por até um ano, receber imóveis antigos como parte do valor do novo bem, etc.

"Atualmente, nosso principal foco é vender o estoque de unidades habitacionais. Devemos começar a sentir uma melhora nas vendas a partir do próximo mês", afirma André Montenegro, destacando que o estoque engloba imóveis para todos os bolsos e gostos, nos diferentes bairros da Capital e nos principais municípios da Região Metropolitana de Fortaleza.

Financiamento e crédito

Além das facilidades oferecidas pelas empresas da construção civil atualmente, o presidente do Sinduscon-CE chama a atenção para as vantajosas condições de financiamento e para a oferta crédito que, segundo ele, "estão abundantes". Ele cita, ainda, a redução da taxa básica de juros (Selic). No último dia 12, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa em um ponto percentual, de 12,25% 11,25%. O corte, que foi o maior desde 2009, marcou uma moderada aceleração em relação ao ritmo anterior, de 0,75 ponto, e levou a taxa Selic de volta ao mesmo patamar em que estava no fim de outubro de 2014.

Economia

Por outro lado, André Montenegro destaca que a construção civil cearense, assim como o setor em todo o País, espera que a economia nacional volte a crescer, impactando na redução do desemprego, cujo índice atual é de 13,2% e impacta diretamente no consumo, que fica retraído diante de tal situação.

"Nosso estoque, praticamente, vem se mantendo em 10 mil unidades desde outubro do ano passado. Hoje, as construtoras estão com o pé do freio, evitando novos lançamentos. Estamos numa situação bem diferente em relação a 2014, no início da crise econômica. Nosso estoque ficavam em torno de 4 mil unidades", finaliza o presidente do Sinduscon-CE.

Foco

"Nosso foco é vender o estoque de unidades. Devemos começar a sentir uma melhora nas vendas a partir do próximo mês"

André Montenegro
Presidente do Sinduscon-CE

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