Brasileiros não imaginavam crise

Escrito por Redação ,

A escalada da crise econômica e política do País tem feito muitos brasileiros ajustarem seu orçamento e até mudarem hábitos de consumo. Isso é reforçado pelo fato de que 73% deles sequer imaginavam, há quatro anos, que o Brasil passaria por uma situação como essa, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

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Além disso, para 57% dos 602 entrevistados em todas as capitais do Brasil e em algumas cidades do interior, o cenário não deve apresentar melhoras neste ano, cerca de 86% entendem a crise como 'grave', ou 'muito grave'. Para 26,5%, a conjuntura deve permanecer a mesma em comparação com o ano passado, enquanto os otimistas somam 16,8%, acreditando que a economia deve começar a melhorar ainda em 2016.

Orçamento

De acordo com o levantamento, 86% dos brasileiros ajustaram seu orçamento doméstico para se proteger dos efeitos da crise. Dentre eles, 87% admitiram que agora estão dedicando mais tempo para pesquisar e comparar preços e 80,5% estão evitando exagerar na compra de roupas e calçados, para não comprometer sua renda.

Ademais, medidas como deixar de consumir produtos e serviços que sempre estiveram acostumados (79,1%), deixar de viajar (75,5%), buscar marcas mais baratas (76,5%) e evitar sair com amigos para bares e restaurantes (71,3%) também são bastante comuns entre os brasileiros levados em consideração pelo estudo. Gastos com produtos de beleza (56,8%) também estão sendo evitados pela maioria.

Renda extra

Além do controle das despesas, a pesquisa também mostra que muitos (41,7%) têm buscado fontes extras de renda, os populares 'bicos', visando uma folga ainda maior no orçamento.

Este número sobe sensivelmente se considerados apenas jovens entre 18 e 34 anos (49,5%) e indivíduos das classes C/D/E (47%), e mais ainda se examinados somente os desempregados (55%).

Metodologia

O estudo, que procurou avaliar o impacto da crise econômica nas decisões de consumo dos brasileiros, possui margem de erro de 3,9%, com um intervalo de confiança a 95% (o que significa dizer que, caso utilizados iguais métodos, 95 em cada 100 estudos encontrariam estes mesmos resultados médios).

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