Aneel avalia que certame foi um sucesso
São Paulo. O leilão de energia nova A-4 realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e que resultou na contratação de 39 novos empreendimentos de geração, com potência de 1.024 MW e um deságio médio de 59,07%, foi considerado um sucesso pelas autoridades governamentais.
"Estamos satisfeitos com o resultado", disse o diretor da agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Tiago de Barros Correia, durante coletiva de imprensa para comentar os resultados do certame, destacando o fato de que foi possível fechar a contratação de toda a demanda indicada pelas distribuidoras com um "desconto expressivo".
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A declaração foi ratificada pelo secretário Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo.
Os executivos minimizaram um potencial impacto do cenário político tenso no certame, lembrando que o processo preparatório dos empreendedores para o leilão inicia-se com cinco a seis meses de antecedência, a partir de quando também são feitas as contas projetando os lances possíveis, enquanto a energia comercializada deve ser entregue daqui a quatro anos. Portanto, o cenário precisa considerar mudanças de governo e no cenário macroeconômico.
Valor pra eólicas
Embora tenha salientado a redução dos preços observada no leilão, Correia disse não acreditar que os valores de energia eólica verificados possam ser considerados um novo valor médio para a fonte. Isso porque foram contratados apenas quatro projetos, provenientes de um mesmo proprietário, denominado "Folha Larga". Para ele, o patamar médio de preço da energia eólica deve variar entre os R$ 70/MWh e os R$ 108/MWh.
Azevedo também considerou que o preço praticado no leilão de hoje pode ser considerado como o piso, no caso da energia solar. Segundo a valiação dele, o preço médio real para a energia solar fica na faixa entre R$ 118 e R$ 145 por MWh.