Ministério da Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue

Explosão de casos no país motivou decisão da pasta

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Diário do Nordeste/Agência Brasil producaodiario@svm.com.br
A orientação acontece em resposta à explosão de ocorrências no país
Legenda: A orientação acontece em resposta à explosão de ocorrências no país
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Ministério da Saúde divulgou uma nova recomendação de uso de testes rápidos para diagnóstico de casos de dengue. Voltada a estados e municípios, a orientação acontece em resposta à explosão de ocorrências no país, que já registrou 391 mortes pela doença. 

“Já iniciamos a compra para distribuição”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. A gestora lembrou que outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus.

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O teste rápido recomendado deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde, segundo a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini.

A pasta explica ainda que, mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas devem ser adotadas, como a hiper-hidratação.

Já para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente.

AUTOTESTE

Há também tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização de autotestes no Brasil. 

“Tivemos duas reuniões com a Anvisa”, explicou Santini, ao detalhar que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo que o primeiro é conduzido por um profissional de saúde e o segundo, pelo próprio paciente.

A coordenadora também lembrou que, diferentemente do cenário de covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus por meio do isolamento, o autoteste de dengue não contribui nesse aspecto, já que a doença só pode ser transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. “A gente ainda está iniciando uma discussão técnica.”

 
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