Governo Bolsonaro é denunciado na ONU por descaso no combate à pandemia de Covid-19

A denúncia foi feita pela Comissão Arns e a Conectas Direitos Humanos, organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos

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(Atualizado às 21:37)
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Legenda: Na denúncia, foi destacado como o presidente tenta descreditar medidas de proteção, como o uso de máscara e o distanciamento social
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Em razão da má gestão no enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Brasil, o governo do presidente Jair Bolsonaro foi denunciado, nesta segunda-feira (15), ao Conselho Internacional de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A denúncia foi feita pela Comissão Arns e a Conectas Direitos Humanos, organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, que classifica a situação no País como "desesperadora". 

"A Covid-19 está causando um enorme impacto em perdas de vidas e dificuldades econômicas. A doença atingiu desproporcionalmente a população negra e mais pobre, as comunidades indígenas e tradicionais", disse Maria Hermínia Tavares de Almeida, fundadora da Comissão Arns. 

Mais de 279 mil mortes

O Brasil conta, até o momento, com mais de 279 mil mortes pela doença e mais de 11 milhões de casos confirmados. 

Durante a denúncia, Maria Hermínia destacou que o presidente tenta descreditar medidas de proteção, como o uso de máscara e o distanciamento social, além de promover o uso de medicamentos sem comprovação científica de sua eficácia. 

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"Ele paralisou a capacidade de coordenação da autoridade federal de Saúde; descartou a importância das vacinas, riu dos temores e lágrimas das famílias", afirmou. 

A representante da Comissão Arns ainda destacou que as atuais medidas econômicas e sanitárias em andamento são ações do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, além dos governadores e prefeitos do aís. 

"É por isso que estamos aqui, hoje, para chamar a atenção deste Conselho e apontar a responsabilidade do Presidente Bolsonaro em promover, por palavras e atos, uma devastadora tragédia humanitária, social e econômica no Brasil", disse. 

 

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