MPCE deflagra operação para desarticular facção criminosa atuante no Maciço de Baturité

Ação busca cumprir mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em cinco municípios

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(Atualizado às 08:53)
Armas apreendidas pela Polícia após tiroteio em Baturité
Legenda: Na ocasião do conflito, em abril, quatro armas de fogo foram apreendidas
Foto: divulgação/SSPDS

O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), a Operação Cratos, que busca desarticular organização criminosa atuante no Maciço de Baturité. A ação busca cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Baturité, Guaiúba, Redenção e Acarape.

Os alvos dos mandados, expedidos pela Vara Única Criminal de Baturité, são suspeitos de diversos crimes, como homicídio qualificado, corrupção de menores, destruição de cadáver, roubo e organização criminosa. 

A ação se dá por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e das promotorias de Justiça do Maciço de Baturité.

Além disso, a ofensiva tem apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (Copol), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS).

Investigações

As investigações foram iniciadas em abril deste ano, após confronto entre facções criminosas no último dia desse mês, no bairro Prourb, em Baturité. O conflito culminou na morte de três criminosos, dos quais um era adolescente.

Na época, uma facção atuante em municípios vizinhos buscava se expandir em território baturiteense. O grupo, então, planejou a invasão do bairro, dominado por organização rival. A ação foi divulgada nas redes sociais dos envolvidos, que chegaram a estudar a topografia da localidade para conhecer rotas de fuga.

Na madrugada do dia 30, 15 pessoas fortemente armadas invadiram o bairro para exterminar membros da facção rival. O adolescente Santiago Amorim Lopes, supostamente integrante da organização adversária, foi brutalmente assassinado no confronto.

Em seguida, o grupo encontrou Valdiberto de Lima Freitas, também morto com extrema violência. As investigações, porém, apontaram que ele não fazia mais parte do grupo criminoso rival — ele estava a caminho do trabalho no momento do homicídio. 

Consumados os crimes, os criminosos tentaram roubar veículos que trafegavam na CE-365, mas se depararam com uma composição da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e atiraram contra os agentes, que revidaram.

Na troca de tiros, um adolescente que integrava a facção morreu ao ser atingido. Um policial também foi baleado, mas sobreviveu.

A equipe policial conseguiu prender parte do grupo criminoso após acionar reforços. Os alvos da operação desta quinta contemplam os demais suspeitos de envolvimento na ofensiva ocorrida em abril, a qual foi objeto de inquérito policial e denúncia do MPCE contra os envolvidos.

Durante as apurações, o MPCE passou a investigar possível participação de um policial civil cearense. De acordo com a denúncia feita à Justiça, o agente público é suspeito de ter fornecido a arma da Corporação aos bandidos, dado que a pistola do agente foi apreendida com um dos integrantes do grupo.

Mais detalhes

O nome "Cratos", que denomina a operação, vem de personagem da mitologia grega, na qual significa "força e poder".

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