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Justiça do RS atende pedido de deputado do CE e proíbe Cobasi de vender animais em shoppings do País

No último mês de maio, 170 animais morreram afogados na filial da loja em Porto Alegre, durantes enchentes registradas na cidade

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(Atualizado às 19:52)
Fachada da Cobasi Rio Grande do Sul
Legenda: Loja da Cobasi antes de enchente que causou a morte de ao menos 170 animais
Foto: Divulgação/Cobasi

As lojas Cobasi não poderão mais atuar na venda de animais em shoppings, após decisão da Justiça do Rio Grande do Sul ocorrida nessa segunda-feira (8). A medida foi solicitada pelo deputado federal cearense Célio Studart (PSD), em virtude do incidente ocorrido na filial da empresa em Porto Alegre, no último mês de maio. Na ocasião, ao menos 170 animais morreram afogados por uma enchente que atingiu o subsolo da instalação comercial. 

Na decisão assinada pela juíza de direito Patricia Antunes Laydner, caso a empresa descumpra a medida, haverá multa diária de R$ 1 mil. 

Contudo, a venda de animais segue liberada em lojas fora da área de shopping centers, "sem prejuízo da decisão ser revista, caso a empresa venha a descumprir a obrigação assumida atinente à elaboração do plano de contingência, priorizando o resgate dos animais". 

O texto da magistrada ainda frisa que a Cobasi possui o prazo máximo de cinco dias para transferir os animais de lojas nesses estabelecimentos. 

"Havíamos conseguido que o Ministério Público do Rio Grande do Sul fosse favorável à nossa causa. Agora, com a Justiça, a medida busca evitar que esse tipo de situação se repita. Os animais não podem ser vistos como meras mercadorias. Precisam ter o mínimo de respeito", disse o deputado Célio Studart. 

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Relembre tragédia em Cobasi

Os animais mortos afogados no petshop da Cobasi foram deixados no subsolo da unidade, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, enquanto os computadores foram guardados no mezanino para evitar que a água os atingisse.

O Praia de Belas Shopping alega que a Cobasi, cuja loja está localizada no subsolo do empreendimento em Porto Alegre, foi alertada sobre o "risco de alagamento severo". O shopping afirmou ainda que "ofereceu toda a assistência necessária para o acesso ao local". 

Já a companhia informou que o local ficou inacessível e totalmente alagado após as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, com os animais já presentes na unidade antes da tragédia. Segundo a empresa, os funcionários saíram da loja de forma emergencial, conforme orientações das autoridades devido ao início das enchentes na capital. A Cobasi afirmou ainda que "foi garantido que os animais estivessem seguros e com o necessário para sobreviver até o retorno dos colaboradores".

Em 17 de maio, em uma nota oficial, a empresa expressou pesar pelo ocorrido e justificou que "apesar das tentativas constantes nos últimos dias, não foi possível o acesso seguro à loja devido ao nível da água". 

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