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Em primeira declaração, Sarto diz que vontade das urnas é soberana e ainda discute apoio em 2º turno

Prefeito, terceiro colocado na disputa eleitoral de 2024, se posicionou por meio de uma publicação nas redes sociais

Escrito por
Bruno Leite, Ingrid Campos producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 13:43, em 09 de Outubro de 2024)
Prefeito José Sarto
Legenda: Prefeito de Fortaleza, José Sarto, ainda não declarou apoio no segundo turno das eleições de 2024
Foto: Ismael Soares

O prefeito José Sarto (PDT) se pronunciou pela primeira vez desde que foi derrotado na tentativa de reeleição. Por meio das redes sociais, nesta terça-feira (8), o gestor destacou a soberania da “vontade da população” em não lhe reconduzir ao cargo e afirmou que discute com lideranças do partido o caminho a ser tomado a partir de agora. 

A declaração aconteceu em publicação no Instagram. Na nota, ele agradece os apoios no primeiro turno: “Gente de Fortaleza, as urnas expressam o valor maior da democracia, que é a vontade da população e ela é soberana. Agradeço a Deus, a minha família, aos apoiadores e à nossa aguerrida militância. Sou apaixonado por Fortaleza e estou preocupado com o rumo que tomaremos nos próximos anos”.

Dois dias após o resultado, Sarto ainda não declarou apoio a nenhum dos candidatos que disputam o segundo, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT).

“Por isso, estou discutindo com lideranças do meu partido sobre o que acreditamos ser o melhor para os fortalezenses. Sempre me dediquei e servi à nossa cidade com zelo e compromisso, e sinto muito orgulho de tudo o que realizamos até aqui e ainda vamos realizar. O trabalho continua".
José Sarto
Prefeito de Fortaleza

No último domingo (6), quando aconteceu o primeiro turno das eleições municipais, o então candidato acompanhou a apuração das urnas junto aos familiares, pelo que informou a sua equipe de assessoria. Apoiadores estiveram no comitê central da campanha, localizado no bairro do Cocó, mas nenhuma das lideranças esteve no local.

Ao não ir para a etapa final do pleito, Sarto protagonizou um feito histórico: pela primeira vez um prefeito da Capital cearense não conquista a reeleição. Desde que o mecanismo passou a vigorar no país, em 1997, Fortaleza teve três prefeitos reeleitos: Juraci Magalhães, Luizianne Lins e Roberto Claudio.  

Apoios no 2º turno

Uma posição do pedetista sobre o segundo turno segue sendo aguardada. Sarto conquistou o terceiro lugar do pleito, com 164.402 votos, e seu partido elegeu oito vereadores. O quarto colocado, o candidato do União Brasil, Capitão Wagner, também não se pronunciou ainda.

Nesta terça, o Psol, que teve como candidato Técio Nunes, quinto colocado, declarou apoio a Evandro Leitão. No evento, o candidato do PT disse que está “respeitando os momentos” dos adversários que foram derrotados e que está dialogando para que consiga conquistar aliados. A fala aconteceu como uma resposta para um questionamento sobre eventuais adesões de Sarto ou de Capitão Wagner.

Já o candidato André Fernandes (PL) afirmou, no último dia de campanha, no sábado (5), que não teria veto quanto a alianças caso o eleitorado decidisse levar a decisão para outro turno. Ainda no domingo, após o resultado, o senador Eduardo Girão, candidato pelo Novo e sexto colocado, declarou apoio ao postulante do PL.

Pedetistas opinaram

No dia da eleição, após o resultado, a reportagem foi até o comitê central do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o vereador Gardel Rolim (PDT), que coordenou a chapa proporcional da sigla na eleição. Entrevistado, o parlamentar também mencionou o respeito que deveria ser direcionado para a “vontade popular”. “Foi a população que quis assim e devemos respeitar”, frisou.

Ele afirmou que o PDT e Sarto fizeram “um grande trabalho”, mas admitiu que os membros do partido deveriam, com o resultado, refletir onde eventualmente falharam. Rolim pontuou ainda que, até aquela ocasião, não houve nenhum diálogo sobre possíveis adesões no segundo turno. “Cremos até o final que o prefeito Sarto estaria no segundo turno, então isso é algo que ninguém parou para pensar. Eu mesmo não parei para pensar nisso”, argumentou.

Na mesma ocasião, a reportagem também esteve na casa do vereador Adail Jr. (PDT), um dos nomes de destaque do partido na Câmara Municipal, no bairro Antônio Bezerra. Questionado sobre sua posição, ele afirmou que iria analisar. “Eu vou estudar”, resumiu o parlamentar. 

“Tenho um grupo de pessoas, de seguidores, da família Adail Jr. Vai ser um debate interno”, completou o político, mencionando que irá ouvir sua base política. Segundo Adail, naquele momento, ainda era cedo para fazer “uma análise geral e decidir uma posição na quarta capital do país”.  

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