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Bancada cearense fecha apoio à eleição de Hugo Motta à presidência da Câmara dos Deputados

Eleição deve ocorrer em fevereiro do próximo ano; Motta é apoiado por Arthur Lira

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Legenda: Reunião com candidato Hugo Motta contou com boa parte da bancada cearense.
Foto: Reprodução/Redes sociais

Deputados federais cearenses definiram apoio à eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) como presidente da Câmara Federal, em reunião que ocorreu na manhã desta terça-feira (3). Teriam participado da conversa na sede do Republicanos, em Brasília, 17 dos 22 representantes do Estado, que encaminharam adesão unânime à empreitada.

“Na ocasião, foram discutidas ações prioritárias para impulsionar o desenvolvimento regional, com destaque para iniciativas voltadas ao estado do Ceará. Além disso, abordamos a necessidade de fortalecer a atuação do poder Legislativo, garantindo que ele continue sendo um espaço democrático e representativo, capaz de atender às demandas da população e promover avanços significativos em políticas públicas”, disse o líder da bancada, Moses Rodrigues (União), em publicação nas redes sociais.

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O encontro não contou com Mauro Filho (PDT) e José Guimarães (PT), que estavam em outra reunião, esta sobre o pacote econômico enviado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao Congresso. Também foi registrada ausência de Célio Studart (PSD), Danilo Forte (União) e Luizianne Lins (PT), segundo pessoas presentes na reunião.

Nas fotos divulgadas, aparecem apenas AJ Albuquerque (PP), Eduardo Bismarck (PDT), Yury do Paredão (MDB), Mayra Pinheiro (PL), Dayany Bittencourt (União), Eunício Oliveira (MDB), José Ailton (PT), André Figueiredo (PDT), Robério Monteiro (PDT), Dr. Jaziel (PL), Idilvan Alencar (PDT), Tadeu Oliveira (PL) e Moses. Fernanda Pessoa (União) também confirmou presença.

A reportagem buscou Domingos Neto (PSD) e Luiz Gastão (PSD) para saber como foi a participação deles na conversa, e aguarda retorno. O PontoPoder não conseguiu contato com Matheus Noronha (PL), mas o deputado já tinha informado, no começo de novembro, que apoiaria Motta. 

Ao PontoPoder, Mauro Filho lembrou que o PDT já tinha formalizado apoio integral à investida de Motta, no início de novembro, e que ele segue a posição do partido. Segundo o pedetista, o partido também busca um espaço na Mesa Diretora da Câmara no próximo biênio. 

O PT também não demorou a fechar apoio a Hugo Motta. O diálogo passou pelo presidente Lula e por lideranças como os deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR), Odair Cunha (MG) e o próprio José Guimarães, que é líder do Governo na Câmara. Ainda não se sabe, contudo, se o encaminhamento deve ser seguido por todos os petistas na Casa, uma vez que Luizianne ainda não se pronunciou sobre o seu voto, apesar de procurada pela reportagem.

A disputa começou com três candidatos: além de Motta, Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) concorriam ao cargo. Com o fortalecimento do primeiro, ambos deixaram a disputa e os seus partidos anunciaram apoio ao candidato remanescente. Consultados pelo PontoPoder, contudo, Danilo Forte e Célio Studart não confirmaram se devem seguir a decisão das suas respectivas legendas.

Novo comando

O candidato já conseguiu o apoio de ao menos 16 partidos (Solidariedade, PRD, Rede, PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSD, União Brasil, PSB, PSDB, Cidadania e o próprio Republicanos) desde que foi confirmado na disputa, em 29 de outubro. 

Finalizada a etapa de diálogo com os líderes das siglas, Motta partiu para a negociação com as bancadas estaduais. Até o fim desta terça-feira, o deputado deve chegar a um saldo de 16 reuniões desse tipo. Outro volumoso bloco parlamentar que anunciou apoio ao candidato do Republicanos recentemente foi a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), da qual Motta faz parte. 

Ele deve suceder o aliado Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara a partir de 2025, que não pode se reeleger porque a Constituição veda a reeleição para o comando da Casa Baixa dentro de uma mesma legislatura. O Psol também lançou um candidato, o deputado Pastor Henrique Vieira (RJ), mas a chapa ainda não mostrou capilaridade na Casa. 

A eleição deve ocorrer em fevereiro do próximo ano, com o retorno dos trabalhos legislativos, mas ainda não há data confirmada. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação, 257 votos, ou ser o mais votado no segundo turno. Além da cadeira de presidente, estão em jogo outros seis cargos, que compõem a Mesa Diretora da Casa: 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário.

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