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Assessor de Lula fala sobre risco de 'guerra total' após ataque de Israel ao Líbano

Bombardeios israelenses deixaram mais de 350 mortos, entre eles, mulheres e crianças

Escrito por
Diário do Nordeste/AFP producaodiario@svm.com.br
Celso Amorim
Legenda: Celso Amorim comentou sobre o cenário de guerra no Oriente Médio
Foto: Divulgação/Arquivo Agência Brasil/Wilson Dias

O chefe da assessoria especial de Lula, Celso Amorim, demonstrou preocupação com o cenário conflituoso no Oriente Médio e afirma ver o risco de uma "guerra total" na região. Ele ainda declarou ser "tremendamente revoltante" o ataque de Israel ao Líbano

Nesta segunda-feira (23), diversos bombardeios israelenses deixaram ao menos 356 mortos e 1.240 feridos. Dentre os óbitos confirmados, estavam 24 crianças e 42 mulheres, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. 

Em entrevista a jornalistas em Nova York, nos Estados Unidos, Amorim ponderou sobre o assunto. 

"Eu acho uma coisa tremendamente revoltante, vamos dizer, e perigosa porque ali [há] o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros".
Celso Amorim
Chefe da assessoria especial de Lula

Amorim ainda acrescentou que o Itamaraty deve estar planejando alguma operação para repatriar brasileiros caso seja necessário. "Tenho certeza mesmo porque já ouvi eles dizerem, mas a experiência é dura", afirmou.

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Ataques de Israel ao Líbano

O Exército israelense afirmou que fazia uma ofensiva contra o movimento islamista Hezbollah. Em um vídeo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recomendou aos libaneses "se afastarem das zonas perigosas" enquanto o exército termina sua "operação" no sul do país e no Vale do Beca, no leste.

Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, denunciou um "plano de destruição" contra seu país e apelou à ONU e aos "países influentes" para "dissuadir" o governo israelense desta "agressão".

O médico do hospital do Socorro Popular em Nabatiye, Jamal Badran, considerou o ataque "uma catástrofe, um massacre". "Os bombardeios não param, nos bombardearam enquanto transportávamos feridos", revelou.

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