Você sente dor na penetração vaginal? Saiba como tratar

Essa dor pode ser Vaginismo, uma disfunção sexual que compromete muitas mulheres por medo ou estresse. O conteúdo desta coluna sobre sexualidade e sexo é recomendado para maiores de 18 anos

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(Atualizado às 08:05, em 03 de Dezembro de 2021)
Foto: Yuriy Maksymiv/ Shutterstock

Duas em cada dez mulheres sentem dores na relação sexual, ou seja, 20% do público feminino. O vaginismos é uma disfunção sexual e pode influenciar na saúde física e mental resultando em dificuldades pessoais e interpessoais e até conjugais, levando a diminuição da qualidade de vida.

Infelizmente, esse é um sofrimento silencioso e assumir que a relação sexual é dolorosa para as mulheres.

Legenda: Vaginismo tem que tratar!
Foto: vchal/ Shutterstock

O caminho para essa libertação é buscar compreensão sobre esse assunto e tratar!

Segundo a fisioterapeuta Gisele Soares: “a dor na relação pode ter muitas causas, mas uma causa bastante comum é a contração dos músculos vaginais, “fechando” ou tornando muito dolorosa a penetração, o exame ginecológico ou mesmo o uso de absorvente interno.”

A dor pode existir desde a primeira vez ou, pode surgir depois de uma vida sexual ativa e saudável.

A sensação que as mulheres têm é como se houvesse uma “parede” vedando a entrada da vagina, porém quando há uma investigação, não há nenhuma alteração nos exames.

Tudo isso é causado pela tensão do assoalho pélvico.

Então, quanto mais tensa fica a mulher, menos ela lubrifica, mais a vagina se fecha e mais doloroso se torna o sexo. Além disso, experiências repetidas de dor levam a um medo antecipatório do sintoma, o que causa mais tensão e ainda mais dor.

Mito!

“Isso é besteira! Nada que uma bebidinha não resolva!”

Dizer que é bobagem não rola! A mulher deve ser acolhida e ter paciência é o caminho para a conquista do caminho do paraíso: prazer.

Quanto a bebidinha: de fato, a dor na relação tem muito a ver com o psicológico e com o medo da dor, mas não é a embriaguez que soluciona esse problema. Gente, isso não resolve para sempre!

Há quem indique como solução o uso de anestésicos locais, como a lidocaína. Ao inibir a dor, esse tipo de medicamento, também, reduz a sensibilidade e pode até deixar a parceria adormecida. Não rola e nem soluciona, né?

A verdade: rumo ao tratamento!

É muito raro que o vaginismo precise de cirurgia, mas pode acontecer.

O tratamento ideal para essa disfunção ser resolvida é a terapia e a fisioterapia pélvica, afirma a Dra. Gisele.

A terapia cuida da dimensão dos pensamentos, sentimentos, memórias que essa mulher e sua parceria trazem.

A fisioterapia pélvica conduz um processo de percepção corporal, relaxamento muscular e promoção da funcionalidade.

Legenda: Dra. Gisele Soares com a modelo executando movimentos atribuídos a fisioterapia pélvica
Foto: Arquivo pessoal

A combinação desses tratamentos é sinônimo de saúde sexual, afinal o psicológico gera uma resposta física e uma situação orgânica difícil pode levar a dores psíquicas.

Em quanto tempo fica tudo resolvido?

Isso depende de cada mulher e da evolução do tratamento conjunto: terapia e fisioterapia pélvica!

Para ganhar tempo mesmo, é procurar um profissional capacitado para avaliação da situação e enfrentar!

Procure a sua saúde mental e do seu corpo como um todo.

Tenha prazer e seja feliz, logo!

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