IPCA de junho é o mais elevado para o mês desde 2022, afirma IBGE

Taxa acumulada em 12 meses acelerou pelo segundo mês consecutivo

Escrito por
Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:38)
batata inglesa em supermercado
Legenda: A inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, com aumento do custo de produtos como a batata inglesa (14,49%)
Foto: Shutterstock

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 0,21% em junho. A taxa é inferior à observada em maio (0,46%), mas superior à observada em junho do ano passado, quando foi registrada uma deflação (queda de preços) de 0,08%. 

A alta de 0,21% é o resultado mais alto para o mês desde 2022, quando ficou em 0,67%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses acelerou pelo segundo mês consecutivo, passando de 3,93% em maio para 4,23% em junho, maior patamar desde fevereiro deste ano, quando estava em 4,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.

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A inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 0,44% no mês, com aumento do custo de produtos como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).

O grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54% no mês e apresentou o segundo principal impacto na inflação oficial em junho. Entre os itens que influenciaram o resultado estão os perfumes, com alta de preços de 1,69% no mês.

Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior, ao registrar uma deflação de 0,19% no mês, resultado puxado pelas quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (0,29%), habitação (0,25%), artigos de residência (0,19%), educação (0,06%), vestuário (0,02%) e comunicação (-0,08%).

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