Bets: presidente da Febraban quer que Governo suspenda uso do Pix para pagamento de apostas online

Proibição seria temporária, até 2025, quando as apostas estarão reguladas

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Diário do Nordeste/Agência Brasil producaodiario@svm.com.br
Mão de homem faz transferência via PIX pelo celular
Legenda: Transferências via PIX são apenas uma forma de pagamento de apostas
Foto: Shutterstock

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, quer que o Governo suspenda temporariamente as transferências via Pix para pagamento de apostas online ou, pelo menos, limite os repasses para bets. Ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram nessa quarta-feira (2) para tratar do assunto.

Sidney sugere que a proibição seja temporária, até que a regulamentação definitiva das apostas online entre em vigor, em janeiro de 2025. "Enquanto não há regulamentação que autorize todas as empresas de apostas online, que haja um freio. Esse freio passa por algumas medidas emergenciais", disse ele.

O gestor ressaltou que a restrição para o Pix já ocorre no período noturno, entre 20h e 6h. No entanto, ele entende que são necessárias medidas mais duras para evitar o superendividamento da população. "O foco aqui não é um instrumento específico de pagamento, mas encontrar caminhos para evitar a deterioração do nível de endividamento das famílias", justificou.

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Força-tarefa para avaliar impacto das bets

A Febraban também quer propor a criação de uma força-tarefa para avaliar o impacto das apostas online sobre as rendas familiares. O grupo, de acordo com a entidade, seria composto por integrantes do Governo, do setor produtivo e das instituições financeiras.

"Estamos cogitando propor ao Governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multissetorial, para aprofundar os impactos da atividade das bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Essa força-tarefa poderia, para além do Ministério da Fazenda, contemplar outros órgãos governamentais que cuidam da defesa do consumidor, da prevenção à lavagem de dinheiro e de benefícios sociais, como Bolsa Família", comentou Sidney.

Segundo a Agência Brasil, o encontro com o ministro Fernando Haddad, no entanto, terminou em "indefinição". 

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