Microcefalia: o que fazer quando um filho é diagnosticado com a doença?

Crianças com microcefalia devem passar por estimulação precoce desde o nascimento até os três anos de idade

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Legenda: A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses
Foto: Foto: Cid Barbosa

As crianças com microcefalia precisam de estimulação precoce para reduzir o comprometimento no seu desenvolvimento neuropsicomotor, como ressalta o Ministério da Saúde. O período mais importante para essa estimulação vai de 0 a 3 anos, época de maior resposta aos estímulos. A doença consiste em uma malformação congênita, a partir da qual o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.

Na Capital do Ceará, os primeiros atendimentos podem ser realizados no Hospital Geral Dr. César Cals e no Hospital Geral de Fortaleza. Depois da fase neonatal, a criança passa a ser atendida no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). 

Para estimulação precoce, os pacientes atendidos no Hias são encaminhados para os serviços de referência locais. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), as terapias acontecem em 19 policlínicas regionais da rede de saúde do Estado, no Núcleo de Atenção Médica Integrada (Nami), da Universidade de Fortaleza (Unifor), e no Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep), da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Já na rede Municipal de saúde, oito instituições realizam atendimento de crianças para reabilitação neuropsicomotora, incluindo a microcefalia: Instituto da Primeira Infância (Iprede), Centro de Integração Psicossocial do Ceará, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Instituto Moreira de Sousa, Recanto Psicopedagógico, Associação Pestalozzi de Fortaleza, além do Nami e do Nutep. 

O Ministério da Saúde recomenda, ainda, os seguintes cuidados:

  • Proteja o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas. 
  • Mantenha o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis. 
  • A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses. 
  • Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde. 
  • Não dê ao bebê qualquer medicamento por conta própria. 
  • Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura. 
  • Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança. 
  • Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso. 
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