Greve dos professores federais no Ceará continua mesmo com acordo do Governo; entenda

Conforme a presidente da ADUFC, durante o encontro entidades nacionais não foram ouvidas

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(Atualizado às 21:55)
UFC, greve
Legenda: Profissionais das instituições mantiveram estado de greve
Foto: Divulgação/ADUFC

A greve dos professores federais no Ceará continua mesmo após a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) acatar, na tarde desta segunda-feira (27), a proposta do Governo Federal para acabar com a greve dos docentes

Em comunicado, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) revelou que o acordo foi firmado sem a participação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). 

Presidente da ADUFC, Irenísia Oliveira, revelou que houve o encontro, contudo nem todas as entidades não foram ouvidas. "Ao término dessa reunião, o Governo reafirmou sua proposta no sentido de não ouvir as entidades e de levar em consideração as contrapropostas que foram construídas nas assembleias locais a partir das diretrizes das assembleias locais, então isso é muito preocupante", revelou.

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No Ceará, na última quinta (23) e sexta-feira (24), os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal do Cariri (UFCA), da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e dos Institutos Federais do Ceará (IFCEs) recusaram a proposta apresentada

Durante a negociação, o aumento aprovado entre a Proifes e o Governo Federal é de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.

Entenda greve dos professores

A greve dos professores federais já se estende por 54 dias e cinco rodadas de negociações. Os docentes pediram reajuste de 7,06% em 2024 e 9% em janeiro de 2025. Para 2026, o pedido é de 5,16%. 

O movimento paredista realizado por docentes da rede federal de ensino começou no último dia 15 de abril. Conforme o Andes-SN, a paralisação envolveu 47 instituições de diferentes regiões do Brasil. O sindicato reivindicava um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06%, aplicado nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.

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