Comunidade universitária da UFC realiza plenária para discutir ações contra bloqueios de verbas

Estudantes, professores e servidores-técnicos se reuniram para debater sobre os cortes na Educação nesta quinta-feira (8)

Escrito por
Matheus Facundo e Isaac Macêdo producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:42)
Estudantes, servidores e professores reunidos no Plenário no bosque moreira campos, na UFC, sobre corte de verbas na educação
Legenda: Plenária ocorreu nesta tarde no Bosque Moreira Campus, no Centro de Humanidades I (CHI), campus Benfica
Foto: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato

A comunidade universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC) se reuniu nesta quinta-feira (8) em plenária para articular ações contra o bloqueio de verbas imposto pelo Ministério da Educação (MEC). Por consequência, a instituição não tem verba suficiente para pagar bolsas para residentes universitários, mestrandos e doutorandos, além de não poder pagar o Restaurante Universitário (RU) neste mês. 

Uma das ações definidas na reunião foi a realização de um ato na próxima segunda-feira (12), em local a definir, para cobrar o desbloqueio das verbas e a manutenção dos pagamentos. 

O encontro foi pensado coletivamente pelo movimento estudantil, pelo ADUFC-Sindicato e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (SINTUFCE). 

Estudantes, professores e servidores-técnicos da UFC se reuniram no Bosque Moreira Campus, no Centro de Humanidades I (CHI), campus Benfica. 

Estudantes, servidores e professores reunidos no Plenário no bosque moreira campos, na UFC, sobre corte de verbas na educação
Legenda: Momento reuniu estudantes, professores e servidores
Foto: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato

Entre as representações estudantis, estava a União Nacional dos Estudantes (UNE) ,a União Estadual dos Estudantes (UEE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). 

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'Desespero coletivo'

A estudante da UFC Maria Catarina, residente universitária, define o momento como um "desespero coletivo", pois alunos que moram na universidade estão sem pagar contas e com dificuldades para comprar até comida.  

"Junta com o final de semestre, onde todo mundo tem de fazer as últimas provas. A maior comoção é essa. Vou ter que ligar para meu pai, para minha tia... Ver outros tipos de solução e ficar nessa luta de persistir, ter transparência e conseguir esses recursos de outras formas", desabafa a aluna e diretora de uma das unidades da Residência Universitária, em entrevista à TV Verdes Mares. 

O sentimento de medo é compartilhado por Caleb Garcez, que cursa Geologia na UFC e é residente universitário. Ele é natural do Espírito Santo e conta que o bloqueio de verbas afeta também o psicológico. 

Além de lamentar a interrupção do pagamento das bolsas universitárias, de R$ 400, ele critica o atual valor, que "já não é reajustado há muito tempo".  O estudante também relata a dor de passar por essa situação longe de sua família, que mora a mais de 2 mil km de distância. 

 

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