Série sobre assassinato de Rafael Miguel aposta em nova abordagem e revela bastidores do crime

Seis anos após chocar o Brasil, a história do assassinato brutal do ator Rafael Miguel e de seus pais é recontada na série documental "O Assassinato do Ator Rafael Miguel", que estreou na última quinta-feira (31), na HBO Max. A produção se propõe a ir além das manchetes sensacionalistas da época, oferecendo um novo olhar sobre o caso envolvendo o jovem conhecido por seu trabalho na novela "Chiquititas".

A série também retrata a dor deixada pelo crime para familiares, amigos e para a namorada de Rafael, Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino Matias, autor do crime.

Dividida em três episódios, a série reconstitui os momentos que antecederam e sucederam o triplo homicídio cometido por Cupertino em 9 de junho de 2019.

Naquele dia, Rafael Miguel, que tinha 22 anos, foi até a casa da namorada acompanhado dos pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, para tentar apaziguar os conflitos familiares que cercavam o namoro. Lá, os três foram mortos a tiros por Cupertino, que ficou foragido por quase três anos até ser preso em 2022.

"O Assassinato do Ator Rafael Miguel" traz detalhes inéditos da caçada ao assassino, além de expor os impactos psicológicos e sociais que o episódio provocou. Um dos depoimentos é da própria Isabela, que, à época, aos 18 anos, foi alvo de ataques e especulações nas redes sociais.

O documentário narra o comportamento controlador e agressivo do autor do crime, que tinha um histórico de agressões contra a ex-esposa e chegou a manter a filha em cárcere privado.

A estreia da série só foi possível após a realização do julgamento de Cupertino, que aconteceu em maio deste ano. Condenado a 98 anos de prisão, ele responde pelo triplo homicídio. Os autores do documentário contaram que era fundamental aguardar a conclusão da etapa judicial para garantir uma abordagem mais fiel aos fatos.

Os episódios da série serão lançados às quintas-feiras.