Nelson Freire morreu após sofrer queda em casa e ter concussão cerebral, informa assessora

Pianista faleceu aos 77 anos no Rio de Janeiro e será enterrado no mausoléu da família em Minas Gerais

Escrito por Redação , verso@svm.com.br
Pianista Nelson Freire
Legenda: Músico morreu na madrugada dessa segunda-feira (1º) no Rio
Foto: Pascal Guyot/AFP

O pianista Nelson Freire morreu aos 77 anos após cair dentro da própria casa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e ter uma "concussão cerebral". A informação foi repassada ao G1 pela amiga e assessora do músico, Glória Guerra, nesta terça-feira (2).

Sem repassar mais detalhes do incidente, Glória afirmou que Nelson "morreu na hora".

Mineiro da cidade de Boa Esperança, o pianista teve o falecimento confirmado na madrugada dessa segunda-feira (1º). Até então, a causa da morte não havia sido divulgada. 

O velório do músico começou às 11h desta terça, no Theatro Municipal, no Centro do Rio, aberto ao público. Já o sepultamento será na terra natal dele, no mausoléu da família. Ainda não há informações sobre como será o translado do corpo. 

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Carreira

Nelson Freire demonstrou seu talento com o piano precocemente. Afinal, aos 3 anos de idade, ele já tocava o instrumento e impressionava familiares.

Depois, a família saiu da cidade mineira e foi para o Rio de Janeiro. Lá, Freire passou a receber orientação das pianistas Nise Obino e Lúcia Branco. Deu certo: aos 12 anos, tornou-se um dos vencedores do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro.

Com isso, nunca mais se afastou do piano e apresentou uma carreira meteórica. Aos 19 anos, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Já aos 24 anos, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York.

A revista Time, após apresentação nos Estados Unidos, o chamou de "um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração".

Freire, então, conseguiu conquistar sucesso nacional e internacional. Já tocou em mais de 70 países e foi o único brasileiro a ser incluído na Great pianists of the 20th century, coletânea de 100 volumes com gravações de 72 pianistas lançada mundialmente.

Também trabalhou com prestigiados regentes, como André Previn, Rudolf Kempe, Pierre Boulez, Kurt Masur e Lorin Maazel.

 

 

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