Espaço Cultural Unifor reabre para visitas presenciais com duas exposições gratuitas

Mostras “50 Duetos” e “Águas de Março”, já em cartaz virtualmente, agora podem ser vistas ao vivo, gratuitamente, de terça a domingo

Escrito por Redação ,
Legenda: Dueto entre as obras "Duas amigas", de Lasar Segall (1889-1957), e "Melancholy", de Vik Muniz
Foto: Ares Soares

A arte segue como alento para dias tão difíceis. Nessa terça-feira (15), o Espaço Cultural Unifor volta às visitas presenciais. Para o esperado reencontro, o equipamento cultural traz as exposições “50 Duetos” e “Águas de Março”. Gratuitas, reúnem cerca de 150 obras e celebram o meio século da Fundação Edson Queiroz, criada em março de 1971. 

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De terça a sexta-feira (9h às 18h), bem como sábados e domingos (10h às 18h), o acervo pode ser apreciado pelo público, com o cumprimento de todos os protocolos de biossegurança. Referência na disseminação da arte no Brasil, o espaço adaptou-se ao contexto pandêmico e contava com programação virtual nos últimos meses.

Legenda: Dueto formado por obras de Maciej Antoni Babinski e Rubens Gerchman (1942-2008)
Foto: Ares Sores

Com a reabertura anunciada pelo Governo Estadual, “50 Duetos” e “Águas de Março” ultrapassam o universo digital e estão, a partir desta terça-feira (15), de portas abertas ao público. Com propostas distintas, são oportunidade para adentrar e experimentar a história da cultura brasileira, nordestina e cearense.   

Riqueza cultural 

Aberta oficialmente em março deste ano, de forma virtual, “50 Duetos” tem curadoria assinada por Denise Mattar. Diferentes artistas, períodos e técnicas estão conectadas nas mais de 100 obras do acervo da Fundação Edson Queiroz. 

O objetivo é  “abrir caminho para novos raciocínios e instigar o público à reflexão”, como explicou Denise, à época da inauguração. 

“50 Duetos” permite uma dinâmica diferente e conta ainda com experiências sensoriais despertadas por áudios, vídeos e músicas que complementam as referências ao visitante.

Os visitantes poderão, por exemplo, ouvir o depoimento do artista plástico paraibano João Câmara (1944), sobre “Langueur do Outono/O tango em Maracorday”, de 1989, cujo dueto é formado com “Figuras femininas” (criado por volta de 1900), de Belmiro Barbosa de Almeida.

Poesia atual

A composição do maestro carioca Tom Jobim (1927-1994) inspira o batismo da mostra "Águas de Março". A nova exposição do artista plástico Sérgio Helle é composta pelas séries "Resurgentis" e "Paradisus". Este acervo ilumina os últimos sete anos de atuação do pintor cearense.

“Águas de Março” segue todos os protocolos de biossegurança que o momento requer
Legenda: Com 50 obras, exposição “Águas de Março” segue todos os protocolos de biossegurança que o momento requer
Foto: Ares Soares

50 obras compõem a coleção e a curadoria é de Izabel Gurgel. A natureza é principal referência ao conjunto de infogravuras  gravadas em tela, pedra e limo. Completam o material, produções compostas a partir da pirogravura e técnicas cravadas na pedra Cariri.

“Águas de Março” é a maior mostra individual já protagonizada pelo realizador. O vídeo promocional abaixo explica como foi organizada a pesquisa e as influências conceituais da coleção.

Sérgio Helle participou de nove edições da Unifor Plástica, a primeira delas em 1983. Foi premiado em duas, 1991 e 2011. O artista plástico se formou na Unifor em Administração de Empresas em 1986.

Ele é autor dos livros “Acqua” (2010), “Sérgio Helle – infogravuras” (2013), “Perfil Cearense” (2013) e “Paradisus – Uma reverência ao sagrado” (2018). 

Serviço:

Espaço Cultural Unifor. De terça a sexta-feira (9h às 18h), sábados e domingos (10h às 18h). Av. Washington Soares, 1321. Bairro Edson Queiroz. Contato: (85) 3477.3319.