Ao longo dos 36 anos de vida, José Leonilson teve uma produção versátil e frenética, sobretudo, depois que se descobriu soropositivo, em 1991. As 3,4 mil obras e estudos produzidos pelo artista estão documentados em catálogo raisonné (três volumes) publicado em 2017 com patrocínio da Fundação Edson Queiroz. O cearense foi o primeiro artista contemporâneo brasileiro a ter uma catalogação deste tipo.
Como resultado da pesquisa que culminou no catálogo, o Espaço Cultural Unifor recebeu, entre março e julho de 2017, a exposição "Leonilson: arquivo e memória vivos". Dois anos depois, a mostra chega a São Paulo na próxima quarta-feira (20), na Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp.
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São 120 obras, algumas inéditas, entre pinturas, desenhos e bordados, parte delas restrita por décadas a coleções particulares e institucionais. "Permanece a nossa ideia de fazer uma exposição que apresente todo o trabalho do Leonilson, desde a pintura até o bordado, como foi feito em Fortaleza. São 70% das obras da primeira exposição e outras inéditas. Tem trabalho exposto que até eu ainda não vi", comenta Nicinha.
Na ocasião, ocorrerá o lançamento de uma gravura inédita, de edição póstuma, cuja as 100 cópias numeradas e certificadas, serão comercializadas para custear o projeto Leonilson. Também será lançada a terceira edição do livro "Leonilson: São tantas verdades", o primeiro que registra a vida e a obra do artista.
Serviço
Exposição "Leonilson: arquivo e memória vivos". De 20 de fevereiro a 19 de maio, na Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp (avenida Paulista, 1313, São Paulo). Horário de visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h e domingos, 10h às 20h. Gratuito.