Mulher pede ajuda em agência bancária e é socorrida de cárcere privado no DF: "Ele está aí fora"

Mulher era agredida e já havia sido atendida por violência doméstica em 2019

Escrito por Redação ,
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Legenda: Mulher agredida e mantida em cárcere privado pelo marido pede ajuda a atendente de agência bancária
Foto: Reprodução/PMDF

Uma mulher vítima de violência doméstica foi socorrida após pedir ajuda ao atendente de uma agência bancária, em Sobradinho, no Distrito Federal, por meio de um bilhete. O caso ocorreu na última segunda-feira (1º). As informações são do portal G1

A mulher, de 27 anos, escreveu 'Você pode me ajudar', 'Violência doméstica', 'Ele tá aí fora' e um 'X' no recibo de um saque e o entregou ao bancário.

O 'X' é um símbolo de pedido de ajuda popularizado em uma campanha contra a violência doméstica lançada em junho de 2020. 

O agressor, marido dela, estava esperando em frente à agência. Devido às medidas de prevenção ao coronavírus, apenas uma pessoa pode entrar na agência

Na terça-feira (2), a Polícia Militar foi até a casa da vítima, após ser acionada pelos funcionários do banco, e encaminhou ela e os dois filhos para um abrigo. O agressor não foi encontrado até a tarde de quarta-feira (3). 

Ela era agredida e mantida em cárcere privado. Em 2019, a vítima já havia sido atendida após denúncia de violência doméstica. Sérgio Borges, sargento da Polícia Militar do Distrito Federal, afirmou que a vítima estava com muito medo quando foi socorrida. 

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Legenda: Vítima pediu que policiais insistissem
Foto: Reprodução/PMDF

Instruções para o socorro

O funcionário que atendeu a mulher contou que, ao ver o bilhete, pediu que ela escrevesse o endereço e o telefone. Por medo de que o marido atendesse, ela passou apenas as informações de onde era mantida presa.  

A vítima também escreveu recomendações: "Se os policiais baterem, ele não vai atender. É para os policiais insistirem, pois ele vai fingir não estar em casa", escreveu. 

O atendente afirmou que tentou registrar a ocorrência em duas delegacias, mas os policiais não aceitaram a denúncia.

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Uma telefonista da agência, porém, também comovida com o caso, pediu ajuda a uma amiga policial militar. A equipe da PM foi até o local, mas não encontrou o agressor.

A Secretaria da Mulher disse ao portal que a vítima está "serena e aliviada". O abrigo conta com segurança e tem endereço mantido em sigilo. 

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