Liderado pelo CE, ranking da transparência sobre Covid-19 terá mais critérios em agosto

Coordenadora da Transparência Internacional diz que próximo levantamento vai avaliar doações

Escrito por Redação ,
Legenda: Com a pandemia do novo coronavírus, o Poder Público foi autorizado a dispensar licitações para aquisições de equipamentos, insumos, além da contratação emergencial de serviços
Foto: Elisângela Santos

Os estados do Ceará, Espírito Santo e Rondônia são os mais bem colocados em um ranking nacional que mede o nível de transparência de unidades federativas em relação às contratações emergenciais realizadas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Em relação aos nove estados do Nordeste, o Ceará é considerado o mais transparente. O levantamento mensal, que chegou à 3ª edição, foi divulgado, ontem (31), pela ONG Transparência Internacional. Com 100 pontos, cada, os três estados têm desempenho considerado ótimo, na avaliação feita em 31 de julho (período de coleta de 20 a 23 de julho).

Em entrevista ao Sistema Verdes Mares, Guilherme France, coordenador de pesquisa da ONG Transparência Internacional, adiantou que o ranking do próximo mês vai ser mais abrangente.

"Em agosto, vamos avaliar outros quesitos, justamente para incentivar uma maior transparência de outros aspectos da resposta do Poder Público à pandemia. A gente vai avaliar se existem informações sobre doações que os entes públicos recebem, se existe transparência em relação às medidas de proteção social e aos estímulos econômicos que o Poder Público também tem implementando".

O desempenho do Ceará mantém uma boa média desde o início da pandemia: no 1º levantamento (maio), o Estado era o 5º melhor do Brasil e o 1º do Nordeste. Na 2ª edição (junho), ficou em 2º lugar, com 98,73 pontos, atrás apenas do Espírito Santo.

Pela primeira vez, a ONG incluiu o Governo Federal na análise. Com 49,3 pontos, o Governo Federal tem atuação considerada regular. "A avaliação do Governo Federal mostra que ainda há muito o que fazer para dar mais transparência às suas contratações emergenciais", avalia a ONG.