Estado de emergência por gripe aviária é decretado pelo governo de São Paulo
Até o momento, foram registrados 13 casos da doença no Estado, todos detectados em aves silvestres, em oito municípios
O governo de São Paulo decretou, nesta terça-feira (15), estado de emergência por gripe aviária no estado. Conforme informações da Agência Brasil, a medida vale por 180 dias e foi implementada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a pedido do governo federal, para tentar conter a cadeia de transmissão da doença.
A pasta informou, em nota, que o estado de São Paulo contabilizou, até o momento, 13 casos de gripe aviária, todos detectados em aves silvestres, em oito municípios. São eles: Caraguatatuba, Guarujá, Itanhaém, Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Paulo e Ubatuba.
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A Secretaria de Agricultura orienta ainda que, com a declaração de estado de emergência, "simplifica-se a formalização de providências em relação a ações de prevenção e controle da doença, enquanto o estado de emergência vigorar", afirmou.
O órgão esclarece que o consumo de aves e ovos não transmite a doença, e deve-se manter cuidado no contato com os animais. "Aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual, e a Defesa Agropecuária deve ser acionada imediatamente caso ocorra suspeita da doença ou identificação de aves mortas", destacou.
O QUE É A GRIPE AVIÁRIA?
A gripe aviária é uma doença causada pelo vírus da influenza aviária H5N1, altamente contagiosa, que afeta diversas espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, chega a mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e até humanos.
A doença é de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
RISCO PARA HUMANOS
A gripe aviária circula majoritariamente entre as aves. Por ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registra algumas dezenas de casos em humanos, disseminados pelo contato direto dos animais infectados, vivos ou mortos, com a pessoa.
Geralmente, acontece em trabalhadores de granjas onde houve contaminação das espécies. Até então todos os casos suspeitos em humanos no Brasil foram descartados.