Em Teresina, manifestantes pedem o fim da corrupção e o impeachment de Dilma

Segundo movimento Vem pra Rua, cerca de 8 mil manifestantes protestavam na Avenida Raul Lopes. Polícia Militar não quis fazer estimativas

Escrito por Estadão Conteúdo ,

O movimento Vem Pra Rua, em Teresina, estimou em torno de 8 mil o total de manifestantes na Avenida Raul Lopes, concentrados na ponte estaiada, protestando contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula neste domingo. A Polícia Militar do Piauí não quis fazer estimativas de público.

O movimento pró-impeachment é considerado o maior na capital do Piauí desde a primeira manifestação realizada no dia 15 de março de 2015, que reuniu cerca de 5 mil pessoas na Avenida Marechal Castelo Branco, em frente à Assembleia Legislativa.

Uma das coordenadoras do movimento, a médica Adriana Sousa considera que a Operação Lava Jato deu força aos manifestos. Várias faixas e cartazes no ato mostravam apoio ao juiz federal Sérgio Moro, à Polícia Federal, lembraram até do 'japonês da Federal', o agente Newton Ishii, além de pedir o combate à corrupção, contra o PT, contra o governo Dilma e contra Lula.

Uma faixa de 50 metros nas cores verde e amarela foi erguida na avenida. "Nunca se viu tanta roubalheira e tanto escândalo, por isso o Vem Pra Rua está em todo o Brasil", comentou Adriana Sousa, falando em um palco armado no estacionamento da ponte estaiada.

A concentração começou por volta das 16 horas e cerca de duas horas depois a Polícia Militar e a Superintendência de Transportes e Trânsito (Strans) de Teresina interditaram o acesso à avenida em razão da concentração de pessoas. 

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou que defende a liberdade de expressão, desde que não interfira no processo democrático.