Desmatamento na Amazônia bate recorde no primeiro semestre de 2020

O desmatamento atingiu 1.034,4 km2 em junho deste ano, contra 934,81 km2 no mesmo período de 2019, o que também representa um recorde para este mês, de acordo com dados de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Escrito por AFP ,
Legenda: Os alertas emitidos pelo sistema de satélites do INPE também mostram aumentos em todos os meses de 2020 na comparação com os números registrados ano passado
Foto: AFP

O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 25% entre janeiro e junho, totalizando 3.069,61 km2 de área desflorestada. O número representa um recorde desde o início dos registros, em 2015, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (10).

O desmatamento atingiu 1.034,4 km2 em junho deste ano, contra 934,81 km2 no mesmo período de 2019, o que também representa um recorde para este mês, de acordo com dados de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

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Os alertas emitidos pelo sistema de satélites do INPE também mostram aumentos em todos os meses de 2020 na comparação com os números registrados ano passado, apesar da presença militar e da pressão internacional e empresarial para que o governo controle os danos ao meio ambiente.

A tendência provoca alarmes devido ao início da temporada de secas em junho. Em 2019, o desmatamento disparou em julho, a 2.255,33 km2 afetados na Amazônia. 

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A temporada seca também é o período de incêndios em áreas desmatadas, que este ano provocam uma preocupação dupla, tanto por seu impacto ambiental como pelo fato de que a fumaça geralmente provoca um aumento das doenças respiratórias, que este ano acontecerá em plena pandemia de coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro, questionado por defender a exploração comercial e a mineração na Amazônia, decretou em maio o envio de tropas à região.