Brasil tem 'excesso de vacinas' contra a Covid-19, diz ministro da Saúde
Declaração de Marcelo Queiroga foi dada dias após várias cidades registrarem falta de doses da AstraZeneca
Embora diversas cidades brasileiras tenham registrado falta de doses da AstraZeneca nos últimos dias, após uma interrupção nas entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o País tem "excesso de vacinas".
"Há excesso de vacinas, na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas", disse Queiroga em evento no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), nesta quarta-feira (15).
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O ministro acompanhava o envio das vacinas restantes para imunizar 100% da população adulta brasileira com a primeira dose.
"Precisa acabar com essas narrativas de falta de vacina, isso não é procedente"
Contudo, a suspensão por 15 dias das entregas da Fiocruz, que tem parceria com a AstraZeneca no Brasil, deixou cidades de São Paulo e Rio de Janeiro sem imunizantes para honrar o calendário de aplicação da segunda dose. As entregas já foram retomadas.
Ainda assim, o fato foi minimizado por Queiroga, que chegou a chamar a campanha de vacinação no Brasil de sucesso. "Não tem problema de AstraZeneca nenhum", atestou, no evento. "Eventualmente, pode haver algum retardo", ponderou, em seguida.
Pfizer e AstraZeneca
O Estado de São Paulo decidiu aplicar Pfizer em quem estava com a segunda dose de AstraZeneca atrasada, na tentativa de cumprir os prazos da campanha de vacinação. A decisão, tomada de forma autônoma, foi novamente criticada por Queiroga.
"As recomendações técnicas (do Programa Nacional de Imunizações) devem ser seguidas por todos os entes federados. Se todos trabalharmos juntos, pararmos com essa torre de babel vacinal, nos livramos mais rápido dessa pandemia", declarou.