Quem é Luiz Henrique Crestani, empresário que causou polêmica ao atirar em imagem de Lula

Empresário postou vídeo em que usa uma espingarda para efetuar disparos contra desenho do ex-presidente da República

Luiz Henrique Crestani, empresário bolsonarista de Santa Catarina, causou polêmica ao publicar um vídeo no Instagram praticando tiro ao alvo com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A imagem usada como alvo contém a mensagem “atire no ladrão” e, no desenho, Lula aponta a arma para a figura de uma pessoa em posição de vítima. 

No vídeo, Crestani aparece ao lado da esposa, também armada, em um clube de tiro. “Qual que é o ladrão? Estou na dúvida. Vamos ver onde a arma pega”, disse ele antes de disparar uma série de tiros.

Após os disparos, o empresário se dirige ao alvo, já destruído, e diz para a câmera: “Agora não sei qual que é o ladrão aqui. Pegou tiro em tudo que é lado. O ladrão é o de lá ou de cá? Bota aí nos comentários”.

Ramo de logística e clubes de tiro

O empresário se apresenta como "empreendedor anormal", patriota e dono de uma empresa que atua nos setores de logística, engenharia, restaurantes, além de clubes de tiro.

Ele acumula 18,1 mil seguidores no Instagram, onde tem, em sua grande maioria, postagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), críticas ao ex-presidente Lula e ao PT - a quem se refere como "Partido das Trevas" - além de posts que o ressaltam como cristão

Publicação apagada

Após a repercussão negativa do vídeo, Crestani apagou a publicação e publicou uma nota de esclarecimento, alegando que "não é a favor de violência, nem de agressões a quem quer que seja". Ele explicou que "o desenho utilizado na prática está restrito às atividades internas e não deve ser entendido com qualquer outra conotação, sendo apenas usado em caráter recreativo, sem cunho político".

Ele disse ainda que o local onde o vídeo foi gravado é um ambiente controlado, com instrutor de tiro presente, além de frisar defender a prática e o uso consciente de armas, "mas tudo dentro da legalidade", acrescentou.