A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização da pomada capilar Ômegafix após a divulgação, em redes sociais, de relatos de mulheres que tiveram problemas nos olhos após o uso do produto. A proibição foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (23).
Além da comercialização, estão proibidas a distribuição, a fabricação e a propaganda da pomada usada para trançar os cabelos. E os itens já vendidos devem ser recolhidos pela marca.
A Anvisa reforçou que o produto não está regularizada junto à agência e, por isso, "não é possível aferir a segurança de uso da pomada". A Ômegafix começou a ser investigada pela agência após a divulgação dos problemas oculares por usuários. "Diante das denúncias, foi aberto um dossiê de investigação".
Em uma das publicações que viralizaram fazendo referência ao produto, uma mulher conta que a sogra "começou a ver tudo esbranquiçado" após mergulhar na piscina com os cabelos trançados. Ouvida pelo G1, a manicure Josiane Reis de Souza, 41, relatou estar há quatro dias sem enxergar após uso da pomada. Ela afirmou que médicos identificaram que ela teve a córnea queimada.
Posicionamento da marca
Na manhã desta quarta, a marca se manifestou em publicação no Instagram, lamentando "o ocorrido". "Em nossos rótulos constam as informações adequadas de uso, cuidados e o contato do produto com os olhos", diz a empresa, afirmando que essas informações serão reforçadas e atualizadas.
"Todas as pomadas são feitas a base de água e com isso em contato com água ele (sic) pode sim se desfazer", informa.
A pomada, segundo a Ômegafix, é um produto com propriedade básica "as quais não precisam ser comprovadas inicialmente e não requerem informações detalhadas quanto ao seu modo de uso e suas restrições de uso".