Os pintores Jhonatan Correia Damasceno e William Oliveira Fonseca foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro a 76 anos, dois meses e 20 dias de prisão cada um pelos assassinatos de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e da diarista Alice Fernandes de Silva, de 51. O crime ocorreu em 9 de junho, quando elas foram degoladas no apartamento da idosa, no Flamengo, zona sul do Rio.
O imóvel foi incendiado pelos criminosos. A sentença foi dada nesta quarta-feira (16), pelo juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio.
Damasceno já havia trabalhado como pintor do apartamento da idosa e prestado serviços para outros moradores do prédio. No dia do crime, ele e Fonseca foram ao prédio para tentar conseguir mais dinheiro com a vítima, e avisaram a um dos porteiros que iriam ao apartamento de Martha.
De acordo com a denúncia, eles ameaçaram as duas mulheres e obrigaram a idosa a assinar três cheques no valor de R$ 5 mil cada. Enquanto Fonseca mantinha as vítimas em cárcere privado, Damasceno foi a uma agência do Bradesco para descontar os cheques.
A caixa chegou a entrar em contato com a idosa para confirmar a transação. Em seu depoimento, a bancária contou que a idosa confirmou a emissão dos cheques e pediu que Damasceno assinasse e colocasse o número da sua identidade no verso de cada um. Os cheques foram fotografados a mando do gerente.
Criminosos se acusaram mutuamente
Ainda segundo a denúncia, Damasceno e Fonseca se acusaram mutuamente pelo planejamento do duplo assassinato. Fonseca disse que Damasceno teve medo de ser reconhecido, pois tinha trabalhado como pintor para a idosa e no prédio.
Damasceno alegou que Fonseca também ficou com receio do reconhecimento pelas duas vítimas, por ter retirado a máscara. Já Fonseca afirmou ter matado as duas mulheres por ordem de Damasceno, responsável pelo incêndio no apartamento.
Além do dinheiro, foram roubados joias e celulares que estavam no imóvel. Os criminosos foram presos logo depois do crime. A defesa dos réus não foi localizada.