Anamaria Teixeira Carvalho, que na década de 1990 ficou conhecida como “Mulher de Branco”, morreu nessa quinta-feira (3), aos 75 anos. Conforme informações preliminares, ela faleceu em decorrência de uma pneumonia.
Figura muito conhecida pelas ruas do bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, ela caminhava diariamente, quase sempre com uma flor no cabelo e trazendo um carrinho de feira pela mão.
Na sua juventude, ela foi considerada uma das musas da Bossa Nova. Nos anos 1960, foi casada com o músico Marcos Valle. Nas redes sociais, o artista lamentou a morte da ex-companheira.
“Soube da partida da Anamaria ontem aqui na Europa, durante a turnê que estou fazendo aqui. Eu e seu irmão Luiz Carlos então nos falamos ao telefone, e ele me confirmou. Anamaria e eu fomos casados por 4 anos, ainda muito jovens. Nós nos casamos quando eu tinha 21 e ela 19 anos. Ela era uma mulher/menina de personalidade forte, alegre, muito justa e amorosa. Fomos felizes durante esse tempo, tanto no Brasil, quanto viajando pelo mundo”, começou dizendo.
“Ainda muito jovem, a vida a levou para outros caminhos. Mas durante todo esse tempo, o seu irmão, meu querido amigo, mais conhecido como Meu Bom, sempre estivemos em contato, ajudando-a no que fosse preciso. Que ela siga na luz e que a família fique em paz”, concluiu o artista.
CARREIRA MUSICAL
Nos anos 1970, Anamaria aderiu o pseudônimo “OrianaMaria” e resolveu se aventurar no ramo musical. Já no ano de 2020, o Segundo Caderno do Globo contou a história do relançamento do compacto “Arembip Iº” — seu primeiro e único disco — com três músicas de inspiração psicodélica, gravado com músicos da cena roqueira de Buenos Aires.
Além disso, Anamaria foi tema do documentário “A mulher de branco em Ipanema”, do jornalista Chico Canindé. Contudo, apesar de seu conhecido apelido, há algum tempo ela resolveu trocar o branco — que fez sua fama nas ruas de Ipanema — pelos tons de azul.