Sônia Moura, mãe de Eliza Samúdio, afirmou que o esposo Hernane Silva de Moura, 52, está em estado vegetativo após ter paradas cardiorrespiratórias. A mulher agora pede ajuda para custear os gastos em casa, uma vez que o companheiro era o único provedor da família.
Hernane teve a primeira parada cardíaca no dia 1º de março, quando foi submetido a uma reanimação de 40 minutos e precisou ser intubado. Em 30 de março, os médicos começaram a retirar a sedação e o acolheram no quarto.
Já no dia 1º de abril, no entanto, o homem teve uma nova parada cardíaca e adquiriu graves sequelas neurológicas consideradas "irreversíveis" pela equipe da Santa Casa de Campo Grande.
Ajuda
Conforme Sônia, era o marido que custeava os gastos domésticos enquanto ela se dedicava aos cuidados da casa e da criação do neto Bruninho, de 12 anos, filho de Eliza e do jogador de mesmo nome.
Para quitar as dívidas da casa, ela organizou uma vaquinha na internet para arrecadar doações. O objetivo é pagar as "despesas com aluguel, comida, energia, remédio até mnovamente conseguir sobreviver a esta tragédia".
“Não é fácil pedir ajuda, mas em meio à dor e sem recursos, pois como todo trabalhador honesto deste país, não tínhamos nenhum recurso guardado, o mínimo que havia foi gasto nestes 45 dias, apelo para quem puder contribuir”.
Condenações
Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010. Ela pedia pensão para o filho que teve com o ex-goleiro. Segundo a denúncia, Bruno não queria pagar e, por isso, montou um plano para matá-la com ajuda de Macarrão.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado. As principais provas são o sangue dela encontrados em uma Land Rover do goleiro, então jogador do Flamengo, e objetos dela e do bebê deixados no sítio do jogador. Todos os réus negam ter havido crime
O ex-goleiro do Flamengo, condenado a 22 anos de prisão (depois reduzidos para 20 anos e nove meses) pelo homicídio da então ex-namorada Eliza, progrediu no ano passado para o regime semiaberto e vive em Varginha, Minas Gerais. Para o goleiro, é Luiz Henrique Romão, conhecido como "Macarrão", a peça fundamental para desvendar o crime.
Bruno afirmou que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, teria sido envolvido no caso por causa de uma rixa antiga com Edson Moreira, o delegado responsável pelas investigações do crime.
O ex-PM foi condenado por homicídio duplamente qualificado (asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.