Um laudo anexado ao inquérito do crime de abuso sexual cometido por Giovanni Quintella Bezerra não encontrou vestígios de sêmen na gaze supostamente usada pelo anestesista para limpar o pênis e a boca da vítima. As informações são do jornal Extra.
A conclusão contradiz o depoimento da equipe técnica que testemunhou o estupro. Profissionais de saúde afirmaram à polícia que Giovanni teria jogado a gaze no lixo após o episódio.
Os investigadores justificaram que o sêmen pode não ter sido identificado pela falta da chamada "cadeia de custódia", ou seja, a série de procedimentos técnicos empregados ao recolher vestígios nas vítimas ou em cenas de crime. Isso porque o material pode ter passado por vários recipientes até chegar à polícia, o que compromete a integridade da coleta e a verificação final.
A investigação foi remetida à Justiça nessa terça-feira (19). No entanto, outros cinco casos envolvendo a conduta do médico seguem em andamento na Delegacia da Mulher (Deam).
Estupro
A análise videográfica das imagens indicam que o anestesista levou apenas 50 segundos após a saída da sala do pediatra e do marido da paciente para dar iniciar o estupro. O crime durou 9 minutos e 5 segundos, do momento em que bota o pênis para fora até a ejaculação.
O anestesista foi preso em flagrante e indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena pena é de oito e 15 anos de prisão. Ele está sozinho em uma cela da cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Rio de Janeiro, por "medida de segurança".