O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), confirmou nesta quinta-feira (9) que o Réveillon da cidade terá a tradicional queima de fogos em Copacabana e em mais nove pontos.
No fim de semana, Paes chegou a anunciar a desistência de todos os eventos da virada do ano. O motivo do cancelamento era o receio em relação à variante Ômicron do coronavírus, que tem colocado autoridades em alerta no mundo todo. Depois, porém, houve negociação do prefeito com o governador Cláudio Castro (PL) para fazer a festa, com restrições.
A queima de fogos em Copacabana, principal festa de Réveillon do Brasil, vai durar 16 minutos. A intenção da Prefeitura é que o acesso ao bairro da zona sul se restrinja a moradores locais ou turistas hospedados na região a partir das 19h do dia 31, mas o prefeito admitiu que "não cerceará o direito de ir e vir das pessoas" e que espera aglomeração na praia na noite da virada.
"Queremos uma festa o mais democrática possível", afirmou Paes na tarde desta quinta. "Eu acho que vai ter muita gente. Tomara que tenha muita gente, não vejo problema nenhum."
Liberação é amparada na vacinação
Segundo o prefeito, a ausência de shows ao vivo, a restrição da circulação de ônibus, de estacionamento de carros nas ruas do bairro deverá fazer com que a festa não tenha o grande número de pessoas de outras épocas. Mas, mesmo se tiver, ele não vê problema.
"Não é problema. O entendimento do comitê científico da Prefeitura é de que nós poderíamos fazer os shows", sustentou Paes. Ele disse que não é negacionista da Covid-19 ("perdi meu pai pra essa merda de doença"), e defendeu a liberação da festa amparado no alto índice de vacinação na cidade.
"A taxa de transmissão baixíssima e estamos em uma cidade com uma taxa de vacinação altíssima", afirmou. "Viva o Rio de Janeiro. Ainda bem que as pessoas aqui não ouvem o presidente da República Jair Bolsonaro, graças a Deus."
Sem conseguir patrocinadores, a queima de fogos no Rio será totalmente financiada com recursos públicos.