Chinês é resgatado à deriva no mar e foge de hospital em Santos

Homem foi resgatado no sábado (23) por trabalhadores do porto de Santos

Um chinês de 48 anos foi encontrado à deriva no mar no sábado (23) e foi resgatado por trabalhadores do porto de Santos, no litoral de São Paulo. Nesta segunda-feira (25), ele fugiu da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em que estava e, segundo informações do g1, não foi mais visto. O caso está sendo apurado pela Polícia Federal (PF).

A Capitania dos Portos informou que o homem foi resgatado por funcionários da empresa Brasclean com sinais de hipotermia e desorientação. Afirmou, ainda, que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou a vítima para receber tratamento na UPA.

Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que ele recebeu o primeiro atendimento na sala de emergência da UPA da Zona Leste. Na ocasião, verificou-se que os sinais vitais — como batimentos cardíacos e oxigenação — do homem estavam normais. Com isso, não houve necessidade de mantê-lo no leito de emergência.

O estrangeiro teria sido orientado por funcionários da Unidade a aguardar atendimento clínico no consultório. Porém, ele fugiu antes do segundo atendimento.

No momento do resgate, o homem estava com os documentos e, conforme o g1, possui Cédula de Identidade de Estrangeiro na validade.

RESGATE

Ao veículo, um dos responsáveis pelo salvamento, Leonardo Fama, 32, contou que notou profissionais de outra empresa acenando para ele e um colega que o acompanhava em uma embarcação. A dupla foi em direção aos homens e soube que havia uma pessoa à deriva no canal.

"Parecia cena de filme", disse. "Ele estava branco, nariz cheio de secreção, parecia que já estava morto. Notamos que ele não estava morto pelo motivo do barco encostar nele e ele dar o último suspiro e ir afundando", complementou.

Conforme o relato de Leonardo, que trabalha como operador de resposta em emergência e tem curso de bombeiro civil, o homem não tinha forças para levantar os braços, estava com o batimento cardíaco baixo e mal respirava. Os funcionários do Porto de Santos colocaram peças de roupa e o colete salva-vidas para aquecer a vítima.

Na Capitania dos Portos, Leonardo lembra que o homem começou a retomar a consciência, mas não falava português nem inglês. Isso impediu a comunicação. "Quando ele estava 'voltando', eu e meu amigo ficamos felizes. Acho que com dever cumprido, que isso foi uma missão que nos foi dada e conseguimos sair com os nossos 100%, graças a Deus", afirmou.