Advogado condenado por morte de bailarina no Ceará morre em Brasília

Wladimir Lopes de Magalhães Porto foi vítima de um infarto ainda no fim do mês de junho. O caso foi comunicado ao juiz

Escrito por Redação ,
Renata e Wladimir
Legenda: Crime aconteceu em 1993
Foto: Reprodução

Morreu em Brasília o advogado Wladimir Lopes de Magalhães Porto, condenado em segunda instância pelo assassinato da bailarina Renata Maria Braga de Carvalho, crime ocorrido em 1993. A informação foi confirmada ao Diário do Nordeste pelo advogado dele, Francisco Clayton Marinho. A causa da morte foi um infarto. 

De acordo com Marinho, a morte ocorreu no fim do mês passado. "Já comunicamos ao juiz. Foi um infarto fulminante de madrugada, não teve tempo de ser socorrido", disse.  

Wladimir faleceu na própria residência, em Brasília, aos 53 anos. Deixou esposa e três filhos. Ainda segundo Marinho, o processo estava arquivado por prescrição. 

O caso  

O advogado respondia por homicídio registrado em 28 de dezembro de 1993. O crime ocorreu, na avenida Beira Mar, na Capital cearense. A bailarina viajava em um Jeep com amigos. O grupo retornava de uma festa na Praia de Iracema, quando o jovem que guiava o carro, Gustavo Farias Facó, teria se desentendido com Wladimir, que dirigia uma caminhonete importada, por conta de uma 'fechada' que teria sofrido. 

Depois do primeiro encontro, houve suposta perseguição do motorista do Jeep ao motorista da caminhonete. Na avenida Beira Mar, Wladimir sacou de um revólver e atirou. Uma bala atingiu Renata, que morreu, num hospital particular. O acusado foi preso, horas depois, em uma concessionária na Aldeota. 

Preso preventivamente por determinação do então juiz Jucid Peixoto do Amaral, e hoje desembargador que faleceu nesta quinta-feira (9), Wladimir esteve no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO) por 11 meses, sendo solto através de um habeas corpus. 

Julgamentos 

O réu foi julgado três vezes. Na primeira foi absolvido, na segunda condenado a sete anos e no terceiro julgamento, em junho de 2015, condenado a 12 anos e seis meses

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