OMS: Covid-19 ameaça 1 milhão de pessoas e pode matar 50 mil

O diretor-geral da OMS demonstrou preocupação com a "rápida escalada e a disseminação global de infecções"

Escrito por AFP ,
Legenda: Desde 31 de dezembro do ano passado, a Covid-19 já matou 43 mil pessoas em todo o mundo, 75% delas na Europa, e a pandemia agora ameaça os Estados Unidos
Foto: Foto: Baldesca Samper/AFP

O número de mortes pelo novo coronavírus dobrou em todo o mundo em uma semana, alertou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), que teme uma "rápida escalada" da pandemia. 

"O número de mortos dobrou amplamente na última semana (...) nos próximos dias, atingirá um milhão de casos confirmados e 50.000 mortes", disse o diretor geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma teleconferência.

"Entrando no quarto mês da pandemia, estou profundamente preocupado com a rápida escalada e a disseminação global de infecções", disse. 

"Trata-se da primeira pandemia causada por um coronavírus e seu comportamento não é bem conhecido. Temos que estar em uníssono para combater esse vírus desconhecido e perigoso", alertou. 

O novo coronavírus apareceu pela primeira vez em Wuhan, China, em 31 de dezembro do ano passado. 

Desde então, já matou 43 mil pessoas em todo o mundo, 75% delas na Europa, e a pandemia agora ameaça os Estados Unidos.

"Nas últimas cinco semanas, vimos um crescimento quase exponencial no número de novos casos", disse o chefe da OMS. 

Também existe uma preocupação crescente com a chegada do vírus aos países em desenvolvimento. 

"Embora tenha havido um número relativamente fraco de casos registrados na África e na América Central e do Sul, estamos cientes de que a Covid-19 poderá ter sérias conseqüências sociais, econômicas e políticas para essas regiões", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

Com relação às máscaras, o diretor da OMS disse que sua organização atualmente recomenda o uso para "pessoas doentes e aqueles que as curam". 

"Ainda é um vírus muito recente e aprendemos todos os dias. À medida que a pandemia evolui, os testes evoluem, assim como nossos conselhos", afirmou.