Idosa é condenada pela morte de família brasileira na Itália

Casal e dois filhos morreram afogados na passagem do ciclone Cleópatra, em novembro de 2013, na Itália. Eles moravam em um porão que pertencia à ré

Escrito por Redação ,
Idosa é condenada pela morte de família brasileira na Itália
Legenda: Família brasileira não teve chance de escapar, já que a única via de saída estava bloqueada pela água. Uma porta que dava acesso aos andares superiores da casa era mantida trancada pela dona
Foto: Reprodução

Uma idosa de 74 anos, identificada como Nicolina Poggianti, foi condenada, na quarta-feira (8), a dois anos de prisão pela morte de uma família brasileira na passagem do ciclone Cleópatra pela Sardenha, na Itália, em novembro de 2013. A pena, no entanto, foi suspensa devido à idade da italiana. As informações são da Ansa Brasil.

Ela havia cedido um porão - considerado "inabitável" pelo Ministério Público - gratuitamente para que o casal, que passava por dificuldades financeiras, morasse com os dois filhos. Em troca do aluguel, eles cuidavam da vila onde fica o imóvel, que também pertence à ré.

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Na ocasião, a família brasileira não teve chance de escapar, já que a única via de saída estava bloqueada pela água. Uma porta que dava acesso aos andares superiores da casa era mantida trancada pela dona.

Izael Passoni, 42, e Cleide Mara Rodrigues, 39, e os dois filhos do casal, Weriston e Laine Kellen, 21 e 17, morreram afogados no porão onde moravam em Arzachena, quando a inundação cobriu o imóvel de água.

Sentença

O Tribunal de Tempio Pausania sentenciou Nicolina Poggianti, dona do apartamento, por múltiplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Idosa é condenada pela morte de família brasileira na Itália
Legenda: Izael Passoni, Laine Kellen, Cleide Mara Rodrigues e Weriston
Foto: Reprodução

No entanto, a juíza Camilla Tesi atribuiu à idosa uma "responsabilidade residual" no caso e atenuou a pena devido à idade da italiana - as motivações da condenação devem ser divulgadas em até três meses.

Como teve a sentença suspensa, Nicolina Poggianti só irá para a cadeira em caso de reincidência. Izael morava na Itália havia oito anos. Ele foi sozinho ao país e depois levou a esposa e os filhos, e planejava voltar ao Brasil no fim de 2014.

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