França libera circulação de pessoas sem máscara de proteção em locais ao ar livre

O país europeu ainda anunciou o fim do toque de recolher dez dias antes do prazo inicial

Escrito por Redação ,
Turistas usando máscara de proteção contra a Covid-19 passeiam em frente ao museu do Louvre, em Paris, França
Legenda: Registro superior aos 100 mil casos foi feito neste sábado (25)
Foto: AFP

O uso de máscara de proteção ao ar livre, a partir desta terça-feira (17), não é mais obrigatório na França. O primeiro-ministro do país europeu, Jean Castex, ainda antecipou o fim do toque de recolher para domingo (20), dez dias antes do prazo inicial. As informações são do jornal Extra.   

A circulação de pessoas sem o equipamento de segurança em espaços públicos terá algumas restrições: em caso de áreas com aglomerações, como estádios de futebol ou festas, a máscara continua obrigatória.   

Castex disse que o afrouxamento das medidas foi possível porque a situação sanitária do país "melhora mais rápida do que nós havíamos previsto". A decisão de flexibilizar as ações de prevenção foi tomada após uma reunião conjunta entre o Conselho de Defesa e o Gabinete ministerial, que se basearam em recomendações de especialistas.  

As normas representam mais um passo em caminho à normalidade na França, que em março anunciou quarentena nacional para conter a terceira onda da pandemia da Covid-19. Apenas no fim de abril as restrições começaram a ser aliviadas gradualmente.   

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Museus, cinemas, teatros e arenas esportivas já funcionam no país desde maio, mas com limitação de 800 pessoas em espaços fechados e mil pessoas em espaços abertos. No dia 9 deste mês de junho, a área internas de cafés e restaurantes foram reabertas.   

A França ocupa o quarto lugar na classificação de país com mais casos acumulados do novo coronavírus, ficando atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil. Atualmente, os índices de infecções diários estão baixos, na terça-feira (15) a nação registrou 3,2 mil novos casos e 76 mortes.      

Mais 30 milhões de vacinados   

Conforme o primeiro ministro francês, o governo projeta que 35 milhões de cidadãos estejam imunizados com duas doses dos fármacos contra a Covid-19 até o fim de agosto — o número equivale a cerca da metade da população do país.   

Atualmente, 30,7 milhões de franceses já receberam, pelo menos, uma dose dos imunizantes — cerca de 45% da população. O país aplica cerca de 745 mil vacinas por dia.   

A França usa os imunizantes desenvolvidos pela Universidade de Oxford-AstraZeneca — exclusivamente na população acima de 55 anos —, pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna.   

Entrada de turistas  

O país europeu aceita a entrada de viajantes vindos da Zona Schengen e de outros sete países onde a pandemia está sob controle, desde que eles estejam vacinados com imunizantes aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos.   

Atualmente, o órgão regulatório já liberou os fármacos das seguintes desenvolvedoras: Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen.  

Pessoas dessas regiões não imunizadas com duas doses precisam apresentar um teste PCR negativo. Já para os não vacinados é liberado apenas viagens essenciais.   

Turistas que passaram por regiões onde a pandemia do novo coronavírus ainda está com índices altos — como Brasil, Índia, Argentina, Bolívia e Uruguai — tem entrada vetada na França. Nesses casos só é permitida viagens consideradas essenciais.   

Flexibilização na União Europeia      

A União Europeia (UE) também avançou rumo à normalidade ao aprovar, na quarta-feira (16), o retorno da entrada de turistas norte-americanos nos países membros. Um detalhe que chama atenção na abertura é que os viajantes não precisam estar vacinados contra a Covid-19.  As informações são da agência AFP.

Com o verão prestes a começar na Europa, os 27 países da UE ampliaram a lista de países, cujos cidadãos têm permissão para viagens não essenciais, o que permitirá a entrada de seus passageiros sem justificativa.   

Além dos Estados Unidos, foram incluídos nesta lista Albânia, Líbano, Macedônia do Norte, Sérvia, Taiwan, Hong Kong e Macau. Na lista anterior já constavam Japão, Austrália, Israel, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Coreia do Sul e Tailândia. 

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