Embaixada americana em Bagdá pede a seus cidadãos que abandonem o Iraque imediatamente
Ordem foi dada após morte de general iraniano em solo iraquiano
A embaixada dos Estados Unidos em Bagdá recomendou a seus cidadãos que deixem o Iraque "imediatamente", poucas horas depois da morte do general iraniano Qasem Soleimani em um bombardeio americano, na noite desta quinta-feira (2). A sede foi alvo de um ataque na última terça (1) por uma multidão pró-Irã.
A representação diplomática pediu aos americanos no Iraque que deixem o país "de avião enquanto é possível", já que o bombardeio aconteceu no aeroporto de Bagdá, ou "sigam para outros países por via terrestre".
As principais passagens de fronteira do Iraque levam ao Irã e a uma Síria em guerra, mas também há outras áreas de fronteira com Arábia Saudita e Turquia.
Ataque ordenado por Trump
Ainda na noite de quinta, o Pentágono confirmou o bombardeio e informou que o ataque foi autorizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo a imprensa internacional, o general iraniano tinha participado de encontros com líderes de milícias iraquianas no aeroporto de Bagdá. A capital do Irã, Teerã, tem aumentado sua influência no vizinho Iraque nos últimos anos.
O comboio onde ele estava foi atingido por mísseis, de acordo com o jornal The New York Times. A ação deve aumentar a tensão na região, que nos últimos dias viveu uma série de conflitos indiretos entre Teerã e Washington.
Também morreram Abu Mahdi al-Muhandis, chefe da milícia iraquiana Forças de Mobilização Popular (que tem apoio do Irã), e o porta-voz de grupo, Mohammed Ridha Jabri, além de ao menos outras duas pessoas ainda não identificadas. Outras pessoas também ficaram feridas na ação.