Banco Central dos EUA reduz juros para evitar recessão do coronavírus

O presidente Donald Trump se posicionou via Twitter sobre a redução

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve
Foto: Foto: AFP

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou hoje (03) em entrevista coletiva extraordinária que a economia dos EUA continua apresentando um bom desempenho e os mercados financeiros estão funcionando plenamente. "Nós gostamos da nossa atual política monetária e ela é apropriada", destacou.

Para Powell, o coronavírus é uma doença grave e exigirá ações de autoridades governamentais em várias frentes. Contudo, no caso do Federal Reserve, ele ressaltou que "não estamos avaliando empregar outros instrumentos além da redução dos juros."

O banco central norte-americano cortou a taxa dos Fed funds em 0.50 ponto porcentual pela manhã, duas semanas antes da reunião que será iniciada no dia 17 de março.

"Acreditamos que nossa ação dará um apoio significativo à economia", destacou Jerome Powell. "Não hesitaremos em adotar mudanças na política monetária se for necessário."

O presidente Donald Trump se posicionou via Twitter sobre a redução. "O Fed reduziu suas taxas, mas deve ir além e, acima de tudo, deve se alinhar com os outros países/concorrentes", escreveu o presidente no Twitter, buscando a reeleição este ano. "Não estamos em pé de igualdade. É injusto com os Estados Unidos. Está na hora do Fed assumir a liderança". 


Segundo o presidente do Fed, o corte de juros adotado hoje pela instituição oficial pode ajudar a evitar aperto nas condições financeiras da economia americana.

Para ele, os efeitos do coronavírus na demanda agregada dos EUA estão "em estágio inicial", mas "devem continuar a crescer". 

De acordo com a OCDE, o crescimento global deve ficar em torno de 2,4% este ano, embora preveja 2,9% antes da epidemia, um nível que já era o mais baixo em dez anos. 

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