O papa Francisco aprovou, nesta quarta-feira (20), uma reforma dos ritos funerários papais que flexibiliza e simplifica cerimônias do tipo para pontífices. As informações são do g1.
Com a mudança, passará a ser permitido o sepultamento de corpos dos papas fora do Vaticano, o que não era autorizado até agora. E retira também a obrigação que pontífices fiquem sob três caixões tradicionais de chipre, chumbo e carvalho.
Segundo o mestre de cerimônias litúrgicas do Vaticano, Monsenhor Diego Ravelli, a simplificação visa "enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de um homem poderoso deste mundo".
A mudança está no livro litúrgico atualizado que Francisco aprovou em 29 de abril deste ano e que substitui a edição anterior, publicada pela última vez em 2000. Detalhes dessa nova edição foram publicados pelo jornal do Vaticano L'Osservatore Romano nesta quarta.
Uma revisão dos ritos funerários papais se tornou necessária após a morte do papa Emérito Bento XVI, em dezembro de 2022.
Na ocasião, o Vaticano teve de elaborar um funeral para o primeiro papa aposentado em 600 anos. Meses depois, Francisco revelou que estava trabalhando para revisar os ritos funerários papais e simplificá-los.
Exibição pública de caixão
A nova reforma exclui também a exigência de que o papa seja colocado em um caixão elevado na Basílica de São Pedro para exibição pública.
O papa Francisco, que completa 88 anos em dezembro, já revelou a decisão de ser enterrado na basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não nas grutas sob a Basílica de São Pedro, onde a maioria dos papas está enterrado. Em vez disso, ele estará em exibição em um caixão simples.