Fabricante de alisamento é processada após mulher desenvolver câncer no útero

A mulher se baseou no estudo publicado pela revista cientifica Jounal of the National Cancer Institute

Jenny Mitchell, 33, resolveu processar a marca de cosméticos L’oreal, afirmando que por causa dos produtos de alisamento capilar da empresa ela teria desenvolvido um câncer no útero

A mulher se baseou no estudo publicado pela revista cientifica Jounal of the National Cancer Institute, que revela a existência de casos semelhantes ao dela. 

Jenny precisou fazer uma histerectomia, cirurgia de retirada do útero, para poder tratar o tumor. Ela foi diagnosticada em 2018, e conforme o portal Metrópoles, o processo contra a empresa foi apresentado na última sexta-feira (21), após divulgação do estudo na segunda (17). 

Ainda segundo o portal, a mulher usou produtos de alisamento por quase duas décadas. O processo alega danos morais por parte da L’oreal, e pede um valor superior a US$ 75 mil - cerca de R$ 399 mil. 

Em entrevista coletiva, a norte-americana se pronunciou sobre as alegações: “Relaxantes e alisadores químicos foram apresentados a nós, jovens afro-americanas, quando erámos jovens. A sociedade criou regras para termos certa aparência, nos sentirmos de uma determinada maneira. Eu sou a primeira de muitas vozes que enfrentarão essas empresas”, disse a americana. 

Riscos do alisamento químico 

Pessoas que usam produtos de alisamento pelo menos quatro vezes por ano são mais propensas a desenvolver câncer no útero. É o que conta a pesquisa desenvolvida por cientistas do National Institute of Environmental Health Sciences, dos Estados Unidos. 

Ainda de acordo com o levantamento, essas doenças são mais comuns em mulheres negras. Foram examinados 33.947 participantes, de 35 a 74 anos de idade. Depois de dez anos de acompanhamento, foram identificados 378 casos da doença.