Cinco anos após sofrer um incêndio devastador, a catedral de Notre Dame de Paris revelou sua nova imagem ao mundo, nesta sexta-feira (29). As portas do local foram abertas para a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, oito dias antes da reabertura oficial. "Vocês fizeram o que parecia impossível", elogiou Macron, parabenizando as equipes que trabalharam na reconstrução.
Em 15 de abril de 2019, as chamas engoliram a famosa catedral de quase mil anos, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, provocando uma manifestação global de pesar.
Macron, então, prometeu reabrir o prédio em cinco anos, o que gerou certo ceticismo na época. "É sublime", celebrou nesta quinta (28) ao ver a catedral reformada. Câmeras de televisão francesas e internacionais mostraram uma catedral "muito mais acolhedora", nas palavras do presidente, após a limpeza da sujeira acumulada durante décadas em suas pedras.
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Cerimônias para reabertura
O público ainda deve esperar pouco mais de uma semana para visitar a catedral. As cerimônias religiosas e laicas de reabertura estão previstas para 7 e 8 de dezembro, antes da abertura das portas para o mundo.
A França convidou diversos líderes estrangeiros, mas ainda não é possível saber quem comparecerá às cerimônias. O papa Francisco já anunciou que não estará presente, mesmo com uma visita programada para a ilha francesa da Córsega dias depois.
A presidência francesa não poupou elogios para apresentar a visita e prometeu um espetáculo avassalador, em contraste impressionante com a "abóboda aberta", o "lixo carbonizado" e o cheiro "insuportável" que Macron observou na noite do incêndio.
As chamas devastaram o telhado e a estrutura da catedral, um dos monumentos mais visitados da Europa. Sua icônica agulha, construída por Viollet-le-Duc no século XIX, desabou e foi reconstruída de forma idêntica.