Adolescente de 17 anos morre sob custódia de serviço migratório dos Estados Unidos

Jovem hondurenho estava alojado em um abrigo para refugiados em Safety Harbor, na Flórida, desde 5 de maio

Um adolescente hondurenho de 17 anos morreu nesta semana em um abrigo para refugiados em Safety Harbor, no noroeste de Flórida, nos Estados Unidos. O jovem foi identificado como Eduardo Maradiaga Espinoza, conforme o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Enrique Reina.

Nesta sexta-feira (12), funcionários dos dois países noticiaram o caso. O adolescente entrou desacompanhado dos pais e ficou sob custódia do governo estadunidense. 

Ele estava alojado no local desde 5 de maio, depois de ser transferido pelas autoridades. De acordo com a CNN reportou que o adolescente tinha morrido na última quarta-feira (10) em um hospital, pouco depois de perder a consciência no abrigo. 

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS, na sigla em inglês), confirmou a morte, mas não deu mais detalhes. O Escritório de Reassentamento de Refugiados do órgão supervisiona o cuidado e o alojamento dos menores imigrantes desacompanhados.

O departamento "está profundamente entristecido por esta perda trágica e nosso coração está com a família, com quem estamos em contato", informou em nota. O HHS disse que estava investigando a morte.

Posicionamento da Casa Branca

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, classificou a morte de "notícia devastadora".

"Nossos corações estão com os membros da família", disse, acrescentando que há uma investigação médica em curso sobre o ocorrido.

A morte ocorreu na semana em que milhares de migrantes tentaram entrar nos Estados Unidos antes que passasse a vigorar uma mudança importante nas normas migratórias, que inclui novas e duras medidas para as pessoas que atravessarem a fronteira ilegalmente.

O ministro hondurenho assinalou que o adolescente era um dos mais de 10 mil hondurenhos que tentaram entrar nos Estados Unidos por mês no último ano.

"Este fato terrível evidencia a importância de trabalhar conjuntamente na agenda bilateral migratória sobre a situação dos menores não acompanhados, para encontrar soluções", escreveu Reina no Twitter.