Anvisa alerta para risco baixo de inflamações cardíacas após vacinas, mas recomenda o uso

Não há casos relatados no Brasil, mas a situação tem de ser monitorada, conforme o órgão

Legenda: O alerta ocorre após ocorrêcias nos Estados Unidos
Foto: Shutterstock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta sexta-feira (9), ter recebido um comunicado dos Estados Unidos (EUA) sobre a ocorrência de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite (inflamação do tecido que envolve o coração) em pessoas que receberam as vacinas das farmacêuticas Pfizer e Moderna

No Brasil, apenas a Pfizer é utilizada na campanha de imunização e não há relatos das doenças citadas após o uso desta vacina.

O órgão enfatizou que o risco de reações é baixo, mas é necessário o acompanhamento para diagnóstico adequado, tratamento e notificação de casos.

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Conforme análise da agência reguladora norte-americana, a Food and Drug Administration (FDA), há riscos aumentados para a ocorrência de miocardite e pericardite, particularmente, após a aplicação da segunda dose das vacinas.

Os sintomas são dor no peito, falta de ar, palpitações ou alterações de batimentos cardíacos e podem surgir alguns dias após a vacinação. "A identificação precoce de sintomas e a adoção de tratamento oportuno são aspectos fundamentais para uma melhor evolução clínica de pacientes com quadro de miocardite e pericardite", disse a Anvisa. 

Risco é baixo

A Agência frisou que o risco de ocorrência desses eventos adversos é baixo, mas recomenda aos profissionais de saúde que fiquem atentos e perguntem às pessoas que apresentarem sintomas se elas foram vacinadas, especialmente com a vacina da Pfizer.  

"A Anvisa orienta aos vacinados com o imunizante da Pfizer que procurem atendimento médico imediato se tiverem sintomas como dor no peito, falta de ar e palpitações", enfatiza.