Esmalte em gel proibido na Europa pode afetar o Brasil? Especialista aponta riscos e orientações

Substância foi considerada cancerígena, mutagênica ou tóxica para a reprodução

Entenda proibição

Os esmaltes em gel que contêm a substância TPO (óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina) tiveram a venda proibida na União Europeia neste mês devido ao teor "cancerígeno, mutagênico ou tóxico para a reprodução", conforme regulamentação da Europa

Estudo em animais causa alerta

O potencial risco da substância sobre a fertilidade foi baseado em estudos em animais. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Ceará (SBD-CE), o TPO também foi considerado um potencial sensibilizante para a pele, podendo levar a reações cutâneas

O que é TPO?

O TPO é usado para endurecer o esmalte em gel quando exposto à luz UV. Considerado semipermanente, ele proporciona um efeito de brilho na unha, que dura em média 3 semanas

Esmalte em gel está proibido no Brasil?

Não. O órgão diz que a responsabilidade pela autorização e pelo controle de substâncias usadas em produtos cosméticos é da Anvisa, que ainda não se manifestou sobre o assunto. Assim, os esmaltes em gel continuam a ser vendidos no Brasil

Quais os efeitos?

Em relação aos efeitos locais das unhas em gel, especialistas alertam que o procedimento pode causar dermatite na pele em pessoas alérgicas ao produto e desgaste da unha. "Orientamos que seu uso deve ser evitado ou utilizado por curtos períodos", diz a SBD-CE

Quais os riscos?

O uso ininterrupto da unha de gel pode causa infecção por fungos e bactérias, reações alérgicas e dermatite de contato. Antes de tudo, o ideal é consultar um médico dermatologista e verificar se você pode fazer o procedimento ou se tem algum fator de risco

Quem não pode usar unha em gel?

Pessoas de pele sensível, que tenham psoríase da unha ou alguma infecção ou micose. Unhas de gel também não são indicadas para gestantes, pessoas com diabetes, pacientes em tratamento contra o câncer e menores de 16 anos

Quem ouvimos?

Para produzir este conteúdo, o Diário do Nordeste ouviu a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Ceará (SBD-CE)